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    Defesa minimiza provas contra 17 “revus”

    A defesa dos 17 cidadãos acusados de actos preparatórios de rebelião, cujo julgamento decorre na sala dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda, argumentou esta segunda-feira, à saída de mais uma sessão, que as provas já apresentadas em juízo “não convencem sobre a culpa dos réus”.

    Em declarações à imprensa, Nzola Mbambi disse no final da sessão de interrogatório de Arante Kivuvo e José Gomes Hata (este último ainda em curso), que o novo vídeo exibido na sessão desta segunda-feira tem ainda “menos elementos” em relação aos primeiros.

    Disse haver no vídeo pouca nitidez e dificuldade de compreensão, daí considerar que se continua na mesma linha dos primeiros, “que até agora não convencem e não levam ao esclarecimento”.

    Nzola Mabambi disse que o processo está lento, pela sua complexidade, pois até ao momento a defesa considera que “tudo quanto foi apresentado ainda não constitui as provas que se esperavam”.

    Acrescentou que, inicialmente, previa-se que a produção de provas levaria uma ou duas semanas.

    “Vamos no 10º réu, faltando sete, mais o que poderíamos chamar de declarantes ou testemunhas e ainda pedimos também a transcrição do que está nos vídeos”, o que leva a querer que o mesmo irá ser um pouco longo”, expressou.

    Por sua vez, a jurista Júlia Mota referiu que esta sessão não foi diferente da passada, na medida em que os réus remeteram-se ao silêncio, mesmo depois de serem aconselhados pelos juízes, pelo facto de o silêncio ser um direito previsto por Lei, mas que não ajuda muito.

    No seu entender, é em Tribunal que se devem defender sobre os factos em que vêm acusados.

    Outro aspecto de realce, disse foi a exibição pelo Ministério Público, no início da sessão, de dois vídeos, um deles pela primeira vez, em que vem comprometer ainda mais os réus.

    Considerou que esse novo vídeo “é bastante claro naquilo que são os planos, objectivos ou pretensões deste grupo de jovens, uma vez que possuíam como ideias as manifestações em massa, no sentido de atrair as autoridades para um lado quando tinham outros planos, nomeadamente interferir em sectores chave da sociedade”.

    Para esta jurista, um aspecto de realce foi o facto de o vídeo demonstrar que “os mesmos aventavam a hipótese do uso de armas, o que a todos chama a atenção”.

    Nesta segunda-feira, além de terminar o interrogatório de Arante Kivuvo, iníciou-se e ficou concluído, para as instâncias dos magistrados judiciais e Ministério Público, o de José Gomes Hata.

    O co-réu, tal como os demais, seguiu a mesma orientação da defesa, respondendo parcialmente as questões do juiz e não respondendo a nenhuma das questões do Ministério Público.

    Terça-feira, após o término do interrogatório a José Gomes Hata, a sessão prossegue com o interrogatório de Sedrick de Carvalho. (ANGOP)

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