O vice-presidente da República, Bornito de Sousa, regressou, na noite desta quinta-feira, a Luanda, depois de ter cumprido, durante dois dias, uma intensa agenda de trabalho no município da Caála (Huambo).
A visita, eplica Angop, visou constatar, naquela municipalidade, a execução das políticas de governação local e de combate às assimetrias regionais, bem como o grau de implementação dos projectos estratégicos desenvolvidos na região.
Nesta conformidade, Bornito de Sousa deslocou-se ao Entreposto Logístico da Calenga, que iniciou (quarta-feira) a sua actividade, depois da instalação de um Posto de Transformação (PT) de energia eléctrica da rede pública.
O referido empreendimento, situado a 33 quilómetros da cidade do Huambo, foi inaugurado em 2014 mas esteve, até a presente data, paralisado por falta de energia e impedido de conservar os produtos do campo.
Também na Caála, o vice-presidente inteirou-se das obras da Centralidade local, com habitações do tipo T3, entre as quais dois mil e 832 apartamentos, 808 casas do tipo duplex, 361 moradias térreas e 240 casas sociais.
Este projecto habitacional, iniciado em 2012, terá ainda três centros infantis, dois jardins-de-infância, duas escolas do ensino secundário, um instituto de formação técnico-profissional, centro de saúde e complexo desportivo.
No terreno, Bornito de Sousa ficou a saber que as infra-estruturas de transporte e distribuição de energia e de água da referida Centralidade estarão concluídas no primeiro trimestre de 2020.
Do mesmo modo, tomou nota de que a infra-estruturação do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála, implementado numa área de mil e 129 hectares, está condicionado ao título de direito de superfície.
Por ocasião da visita a este local, o vice-PR foi informado, pelo consultor técnico do ministério da Indústria, Lourenço Paxe, que sem este documento os 830 metros quadros contemplados para o pólo não serão cedidos.
Antes, no princípio da manhã de hoje (dia 22), Bornito de Sousa homenageou o fundador do Reino do Huambo, Wuambu Kalunga, uma figura histórica cujo nome deu origem à província do Huambo.
O mesmo foi responsável por várias guerras de resistência contra a ocupação colonial, no século XV, e exímio caçador da região do Waku Kungo (Cuanza Sul), tendo-se instalado no território da Caála, nas zonas do Ussombo, Makolo e Kondombe.
Durante a sua permanência no município da Caála, na companhia de alguns membros do Executivo, reuniu-se igualmente com as autoridades locais e os representantes das organizações da comunidade local.
Com uma extensão territorial de três mil e 680 quilómetros quadros e uma população de 331.224 habitantes, a Caála é um dos 14 municípios da província do Huambo e tem na agricultura a principal actividade económica.