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    Debate em Nápoles à volta da pobreza

    Angola integra o grupo de 20 países empenhados em combater a pobreza urbana, que se reúne ainda este ano, em Marrocos, disse em Nápoles, Itália, o director de Intercâmbio e Relações Internacionais do Ministério do Urbanismo e Construção.
    Adérito Mohamed faz parte do grupo de técnicos superiores daquele Ministério que acompanha a instalação do pavilhão de Angola em Nápoles onde decorrem, a partir de segunda-feira até ao dia 7, o IV Fórum Urbano Mundial e o Congresso Mundial das Cidades, que têm por lema “Futuro Urbano”.
    Ao todo, garantiu, 32 mil famílias angolanas vão ter casas modernas, no âmbito de um programa que prevê a construção até 2014 de 200 fogos habitacionais em cada um dos municípios de Angola.
    “Há um programa de habitação do Executivo que consiste em até 2014 construir 200 fogos habitacionais em cada um dos os municípios do país”, recordou. Tanto agora, em Itália, como no encontro de Marrocos, sublinhou, vamos revelar ao mundo aquilo que se está a fazer em Angola em termos de construção de casas e realçar o empenho do Executivo.
    A presença de Angola no VI Fórum Urbano Mundial, com uma delegação multi-sectorial e membros da sociedade civil, acrescentou, reconfirma o empenho do país junto das Nações Unidas Habitat no domínio da habitação. “Temos uma vasta experiência que vamos partilhar com outros países”, disse.

    Montagem do pavilhão

    O pavilhão de Angola, com 100 metros quadrados, está a ser montado no mesmo espaço onde vão ficar os de Marrocos, da Alemanha e da Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados Palestinianos. O arquitecto António Gameiro, do Gabinete Técnico do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, declarou, em Nápoles, à imprensa angolana, que “está tudo a correr bem”.
    “Com vídeo e fotografias vamos apresentar o que se fez e está a ser feito e partilhar com os representantes de outros países a forma de construção de casas sociais e de centralidades em Angola”, referiu. José Silva, director nacional de Infra-Estruturas do Ministério do Urbanismo e Construção, que também faz parte do grupo de técnicos superiores que acompanha a montagem do pavilhão, afirmou que o lema do Fórum – “Futuro Urbano” – é muito sugestivo e que a reunião permite a troca de experiências entre os participantes.
    “Vamos partilhar com os outros técnicos muito do que se relaciona com projectos de requalificação”, disse e acrescentou: “Angola vai apresentar em Nápoles os projectos de requalificação do Cazenga e do Sambizanga, bem como das infra-estruturas integradas”.
    O programa de infra-estruturas está a ser implementado nas províncias de Benguela, Kwanza-Sul, Cabinda, Malange, Zaire (Mbanza Congo, Soyo e Nzeto) e foram já concluidos os estudos referentes às províncias do Bengo (Caxito), Namibe, Huíla e Huambo.

    Presenças

    Mas de sete mil pessoas confirmaram presença no VI Fórum Urbano Mundial, garantiu à imprensa angolana o director comercial encarregado da montagem dos pavilhões.
    “Estamos a trabalhar com afinco para o êxito desta edição do Fórum. Há já a confirmação de 170 países e dispomos de 30 salas que vão acolher eventos oficiais e actividades paralelas. Além do Fórum, estão programadas iniciativas com a participação jovens de todo o mundo e de membros de muitas Organizações Não-Governamentais”, referiu Carlo Cigliano. Ana Moreno, coordenadora do VI Fórum Urbano Mundial, salientou o facto da ONU habitat estar satisfeita com a presença de Angola no Fórum. “É um país importante para o mundo e o futuro urbano. A Itália tem grande tradição urbanística e vai partilhar a sua experiência com Angola”, disse, revelando que no primeiro dia do encontro vão ser conhecidos e discutidos os projectos de todos os países participantes.

    Carta do Rio

    No final do V Fórum Urbano Mundial, que decorreu em Março de 2010, no Rio de Janeiro, foi divulgada a Carta do Rio.
    O documento defendeu, em seis pontos, a importância da procura de cidades mais justas, democráticas, sustentáveis e humanas.  O mundo, lembra a carta, urbanizou-se e neste milénio vai registar-se um aumento ainda mais do fluxo de pessoas para as cidades. Esta tendência representa “uma oportunidade de mudança, que deve criar uma nova perspectiva dentro do conceito de direito à cidade”, pormenorizado ao longo do documento e que abrange “a garantia de não haver discriminação de género, idade, raça, condições de saúde, nacionalidade, etnia, estatuto migratório, orientação política, religião e orientação sexual”.
    Com mais de 20 propostas para melhorar as cidades e ampliar o acesso à habitação em áreas com infra-estruturas, a Carta do Rio de Janeiro marcou o encerramento do Fórum organizado por movimentos sociais e de pesquisa. Os participantes aprovaram também a criação do Dia Internacional de Luta pelo Direito à Cidade, que se comemora em todo o mundo em 25 de Março.

    Fonte: JA

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