Delegações de Angola e da União Africana reuniram-se, esta terça-feira, em Luanda, para tratarem de questões inerentes à preparação da Cimeira Extraordinária sobre Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Regimes em África, a realizar-se em Malabo, República da Guiné Equatorial, a 28 de Maio do presente ano.
As conversações foram encabeçadas por Téte António, ministro das Relações Exteriores, e por Bankole Adeoye, comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União Africana.
Durante as conversações, citadas em comunicado do Ministério das Relações Exteriores a que o Jornal de Angola teve acesso, Téte António enfatizou a importância da visita, numa altura em que a Comissão da União Africana, em especial o Departamento que dirige, “está fortemente empenhado na implementação da decisão da 35ª Sessão da Assembleia Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, de 5 e 6 de Fevereiro de 2022, relativa à Cimeira Extraordinária da UA sobre o Terrorismo e as Mudanças Inconstitucionais de Regime em África, prevista para 28 de Maio de 2022, em Malabo, República da Guiné Equatorial”.
O chefe da diplomacia angolana salientou a relevância desta Cimeira, proposta pelo Presidente da República, João Lourenço, na 33ª Sessão da Assembleia Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, de 9 e 10 de Fevereiro de 2020, tendo em conta o agravamento da situação política e de segurança em África, resultante da tomada e/ou manutenção no poder de forma inconstitucional, bem como da proliferação de grupos terroristas no continente africano.
Téte António sublinhou a oportunidade do evento para analisar as causas que estão na base da proliferação do fenómeno do terrorismo e extremismo violento, assim como as mudanças inconstitucionais de regimes em África.
Durante o encontro, as duas delegações avaliaram os actuais mecanismos africanos de prevenção e combate ao terrorismo, às mudanças inconstitucionais de governos e reflectiram sobre a necessidade de revisar e melhorar as medidas de acções políticas e operacionais de prevenção e combate ao terrorismo em África, incluindo a criminalidade marítima e as mudanças inconstitucionais de regime.