A escalada da violência entre a maioria cristã e muçulmanos não pára na República Centro-Africana. Esta segunda-feira, soldados do Chade abriram fogo junto ao aeroporto de Bangui, matando pelo menos um manifestante.
Os cristãos da capital exigiam a “retirada imediata” do contingente chadiano da missão da União Africana. Acusam os militares de N’Djamena de tomarem o partido dos rebeldes muçulmanos Séléka, que, em março, depuseram o presidente eleito, François Bozizé.
Do outro lado da barricada, a presidência centro-africana afirma que os seus guardas, três ex-rebeldes Séléka mortos no domingo por soldados franceses, foram “friamente abatidos”.
Os apelos à calma dos militares gauleses têm tido pouco eco entre a população apesar da chegada de 1600 soldados franceses ter praticamente estancado o sangue que fez cerca de 1000 mortos no início de dezembro.
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) prestaram assistência a várias dezenas de pessoas esta segunda-feira no aeroporto de Bangui, mas só confirmaram um ferido por bala. A maioria das lesões foi provocada por movimentos de pânico entre a turba que protestava contra a presença dos soldados do Chade no território
Entretanto, a União Europeia decretou um embargo à venda de armas e ao envio de mercenários para a República Centro Africana. (euronews.com)