A Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RD Congo (MONUSCO) desdobrou seus aviões cargueiros em Mombassa (Quénia) em previsão de operações de revisão do ficheiro eleitoral na RD Congo, disse quarta-feira Félix Prosper Basse, porta-voz desta missão da ONU.
Segundo Basse, estes aviões vão encaminhar 11 mil e 500 geradores provenientes da China para os centros de Dungu e Isiro (Haut Uélé, norte), Kananga (Kasai Central, no centro do país), Kinshasa, Kisangani (Tshopo, leste), Kindu (Maniema, leste) e Mbuji Mayi (Kasai Oriental, centro).
As primeiras rotações ocorreram quarta-feira 22 de Fevereiro de 2017 com destino a Dungu Kindu, Kisangani e Kananga, com um total de 928 geradores, devendo a mesma operação durar três semanas para um peso total de 966 toneladas.
Os geradores e material de revisão do ficheiro eleitoral serão depois movimentados por helicópteros da MONUSCO para zonas de difícil acesso, nomeadamente o Área Operacional IV que agrupa as províncias do Kongo Central, Kwango, Kwilu, Mai-Ndombe e Kinshasa.
As Nações Unidas e a MONUSCO estão particularmente encarregues de garantir o transporte aéreo destes materiais estimados em mil e 410 toneladas para 16 centros, ou seja a metade das 215 zonas repartidas no território congolês.
Até agora, a MONUSCO enviou na íntegra equipamentos colocados à sua disposição pela Comissão Eleitoral Independente (CENI) em Bukavu, Bunia (leste), Gemena (norte), Kalemie, Kamina, Lubumbashi (extremo sudeste) e Mbandaka (norte).
No total, são mil e 800 toneladas de material eleitoral composto por kits para a burótica, kits de registo, cartões de eleitor e geradores já transportados por aviões cargueiros de tipo lliuchine 76 e C-130 Hercules da MONUSCO em mais de 120 voos.
Além disso, 16 helicópteros de tipo MI-8 já efectuaram mais de 200 rotações entre os centros e as zonas para entregar o material em zonas de difícil acesso.
As Nações Unidas põem igualmente à disposição da CENI depósitos de armazenagem, bem como equipas e materiais de manutenção para operações aeroportuárias em Kinshasa e nas províncias. (Angop)