As empresas de comunicação social devem incentivar a contínua formação e treinamento “on job” (no local de trabalho), como forma de elevar os níveis de conhecimento dos seus profissionais, defendeu, nesta segunda-feira, em Luanda, o ministro da Comunicação Social, João Melo.
Para o efeito, de acordo com João Melo, que falava na cerimónia de abertura do ciclo de formação sobre Produção e Reportagem Jornalística, as empresas podem realizar, através do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), ciclos de formação e refrescamento regulares.
A acção de melhoria da qualidade do produto colocado ao dispor do público, avançou o ministro, requer que se estabeleçam critérios mais rigorosos para a entrada nas redacções, tornado obrigatório aos candidatos um curso de extensão universitária de jornalismo (a ser criado com as universidades), ser aprovado num teste de admissão e realizar um estágio técnico-profissional no CEFOJOR.
Advogou, ainda, ser fundamental rever e harmonizar, em conjunto com o Ministério do Ensino Superior, os currículos dos cursos de comunicação social existentes no país.
João Melo, segundo a Angop, esclareceu que um dos principais objectivos do sector é resgatar o espírito jornalístico nas redacções e, além de resolver os problemas sociais que afectam os jornalistas, criar condições de trabalho adequadas, tomar medidas organizativas, definir procedimentos, estimular e incentivar as pessoas, factores que exigem uma aposta decidida na formação, baseada no rigor e na exigência, sem qualquer cedência ao facilitismo, à demagogia e ao populismo.
De acordo com o ministro, o sector, através do CEFOJOR, vai realizar, até ao fim do ano, vários cursos de refrescamento, nomeadamente de língua portuguesa, linguagem e técnicas de redacção jornalística, reportagem, actualidade, Internet e responsabilidade e de sonoplastia para Rádio e Televisão.
Participam na acção formativa 80 profissionais de comunicação social dos diversos órgãos públicos, sendo 40 no curso de Produção e igual número no de Reportagem.