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    Luísa Damião destaca valor histótorico do 8 de Novembro

    A Vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, destacou esta quarta-feira, em Luanda, o valor histórico do 8 de Novembro de 1974, data em que se assinala a chegada à capital do país da primeira delegação da direcção desta formação política.

    Este pronunciamento foi feito pela Vice-presidente do MPLA à imprensa no final de uma cerimónia para comemorar e homenagear estes militantes que desembarcaram numa composição de 26, transportados por uma aeronave da companhia aérea da Zâmbia.

    De acordo com Luisa Damião a comitiva foi recebida em apoteose por cerca de 50 mil pessoas residentes na capital do país e não só.

    A responsável salientou ter sido um momento histórico não só para a formação política, mas sobretudo para o país, “dai que 49 anos depois nós estamos a rememorar este momento , tendo em conta o seu valor histório e a necessidade de passar este testemunho às novas gerações”.

    A chegada do MPLA à capital do país, até então movimento de libertação que combatia o colonislismo português nas matas, resultou de um acordo para a entrega da governação de Angola aos nacionais, num primeiro momento com a independência (a 11 de Novembro de 1975) por meio de um governo de transição integrado pelos três movimentos e a entidade colonial a que se seguiria um pleito eleitoral.

    Luísa Damião acrescentou que o MPLA “é hoje o que é pelo facto de terem passado por ele várias gerações, onde cada uma fez a sua parte e nós temos de demonstrar aos jovens que esta caminhada para alcançar a independência e a paz custou o sacrifício de muitos filhos e filhas de Angola”.

    Disse ainda que o MPLA sempre trabalhou “para o povo e com o povo, sendo daí onde reside a sua força “.

    Para a histórica militante desta formação política, Ângela Bragança, na altura jovem que na capital, ao lado de outros, trabalhou para a criação de condições para recepção e instalação da direcção do partido em Luanda o 8 de Novembro reveste-se de grande importância para a história do partido.

    Intervindo durante a cerimónia, ressaltou ainda algumas das primeiras acções desta mesma direcção no sentido de instalar e desenvolver o partido, entre estas fez menção ao papel do edifício da Dona Amália (Rangel), que “encerra em si uma história de grande relevância e que não se pode deixar de reflectir, pois foram ai tomadas importantes decisões nos primeiros momentos”.

    Aos mais jovens, chamou a atenção para a importância de datas e momentos como este por “ajudar a crescer dentro da política e no espírito do MPLA, tornando-o cada vez mais forte”.

    Através do seu testemunho, falou sobre algumas memórias e realçou a necessidade da “construção do edifício (Nação) sobre pilares firmes, com músculos, veia e saber forjado numa disciplina inquestionável”.

    Outra intervenção de relevo foi de outra histórica do MPLA, Eufrazina Maiato, que deu igualmente o seu testemunho e solititou, à juventude, para que dê continuidade aos feitos do partido, empregando a sua força e dinamismo.

    Por sua vez o general na reserva, e um dos integrantes do grupo da direcção do parrtido na que desembarcou em Luanda na altura, Mbeto Traça, referiu que este momento teve uma influência muito forte, não só pelo facto de ter legitimado a presença do partido na capital do país e sua reorganização, como também pela demonstração de aceitação dos angolanos.

    Acrescentou ainda que aquele foi, de igual modo, o reencontro dos militares com os seus familiares e amigos, que muitos não viam há anos, depois de longo período nas matas.

    Mbeto Traça destacou ainda o facto de, a 8 de Novembro de 1974, o então Aeroporto Craveira Lopes (em Luanda) ter sido pequeno para a imensa moldura humana e uma ocasião que motivou a expresão, que mais tarde tornou-se num dos principais slogans do partido, dita pelo chefe da delegação da formação, Lúcio Lara, de que “o MPLA é o povo e o povo é o MPLA”.

    Homenagem

    A ocasião serviu para homenagear, de modo presencial, duas personagens que integraram a comitiva, concretamente, os generais na reserva Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Mbeto Traça, por simbolizarem o grande contingente do MPLA e das FAPLA que se encontravam nas matas.

    Na mesma cerimónia, a par de outros momentos, canções revolucionária dos artistas Santos Júnior e Santocas foram interpretadas para a alegria e nostalgia do presentes.

    A bordo de um avião da companhia aérea da Zâmbia, os 26 militantes da direcção do partido foram recebidos por uma grande moldura humana, entre os quais Lúcio Lara, que a chefiava, Lopo do Nascimento, Carlos Rocha “Dilolwa”, Ludy Kissassunda, Joaquim Kapango, Saydi Mingas, Manuel Francisco Tuta “Batalha de Angola”, Jacob Caetano João “Monstro Imortal”, Pedro Maria Tonha “Pedalé”, Henrique Santos “Onambwe”, Joaquim Domingos “Valódia”, Bento Ribeiro “Kabulo” e Pascoal Luvualu.

    Fizeram ainda parte, Evaristo Domingos “Kimba”, Ambrósio Lukoki, Pedro Gomes “Kituxi”, Maria Mambo Café, Sílvio de Almeida, Luísa Inglês, Elsa de Almeida e Sousa “Ndjolela”, António Jacinto do Amaral Martins, Albano Machado, Mbeto Traça, Guinapo, Pascoal Macossi, Garrido “Che Guevara” e Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. SC/VIC

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    FonteANGOP

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