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    Joana Lina, GPL: “Manifestação foi acto de vandalismo”

    Durante a marcha realizada por membros da sociedade civil e apoiada pela UNITA, foram queimadas motas e destruídos contentores de lixo, além do impedimento à livre circulação de pessoas e bens.

    A governadora de Luanda, Joana Lina, considerou a manifestação realizada, ontem, por membros da sociedade civil, com o apoio da UNITA, “um acto de vandalismo e desacato às autoridades”.

    Ao fazer o balanço dos danos provocados pelos manifestantes, Joana Lina lamentou o sucedido e disse ter sido com “bastante tristeza e desolação” que acompanhou o que considerou “cenas de violação das medidas contidas no Decreto Presidencial em vigor desde as primeiras horas de ontem”.

    Ressaltou que as medidas agravadas visam, agora, proteger, única e simplesmente, o bem maior, a vida, e surgem como consequência da “subida vertiginosa” dos casos de infecção com o novo coronavírus no país, bem como pelo incumprimento, pela população, das medidas sanitárias.

    “A pandemia da Covid-19 é de transmissão rápida e letal. Quer dizer, mata mesmo! Sendo, por isso, proibidos os ajuntamentos de pessoas por deliberação da OMS e, como não podia deixar de ser, do Executivo angolano”, realçou.

    Joana Lina disse não estar em causa o impedimento ou limitação de direitos fundamentais, tendo, por isso, reconhecido que as manifestações estão previstas na Constituição e na lei. “É a própria Constituição que exige ponderação entre a liberdade de se manifestar e o dever de proteger a vida humana”, lembrou.

    Tendo em conta a situação vigente, a governadora de Luanda apelou ao bom senso dos cidadãos para não promoverem a morte e a desgraça das famílias, como se tem vindo a assistir no país, de forma crescente e preocupante.

    “Trata-se de proteger a vida, pois o risco de transmissão em massa, numa manifestação, é incontrolável numa situação como a que se verificou, ontem”, disse.

    Nenhuma morte

    A governadora provincial de Luanda desmentiu informações postas a circular nas redes sociais, segundo as quais houve vítimas mortais na manifestação convocada por membros da sociedade civil e apoiada pelo maior partido da oposição.

    “Lamentavelmente, os actos de vandalismo que causaram danos materiais, ainda por calcular, mas sem vítimas humanas, não devem voltar a acontecer na nossa província”, disse, Joana Lina.

    A governadora salientou que, durante a manifestação, foram queimadas motorizadas e destruídos contentores de lixo, além do impedimento da livre circulação de pessoas e bens. Como consequência, acrescentou, criou-se o pânico e “Luanda transformou-se num palco de desobediência civil”.

    Joana Lina considerou que “nenhum cidadão consciente pode estar satisfeito com o triste acontecimento registado, ontem, na capital”.

    Apelou, por isso, todos os munícipes de Luanda a estarem vigilantes e a não se deixarem manipular por “indivíduos irresponsáveis e com objectivos inconfessos”. Para a governadora de Luanda, as primeiras e últimas vítimas que aqueles indivíduos pretenderem atingir são os cidadãos.

    Aos munícipes, Joana Lina pediu calma e apelou à confiança no governo de Luanda, que vai continuar a acompanhar o evoluir da situação e dar informações sempre que necessário. “Precisamos de defender a paz e a estabilidade do país, a todo o custo”, defendeu a governadora provincial.

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