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    ‘Fogo cruzado’ na Assembleia Nacional contra controlo da imprensa pública

    Os três principais partidos da oposição angolana no Parlamento criticaram asperamente o desempenho dos órgãos estatais de comunicação social.

    Constrangedor, abusivo, hostilizante e abusivo foram alguns dos termos usados pela oposição que exigiu um debate no parlamento sobre a questão.

    O MPLA rejeitou as acusações.

    A UNITA apresentou um requerimento para um debate sobre a necessidade de um tratamento igual dos partidos políticos nos órgãos de comunicação social estatal.

    Segundo a deputada do Grupo Parlamentar da UNITA, Mihaela Weba, “nos últimos 18 meses têm sido bastante constrangedora e abusiva a forma desigual como os órgãos de comunicação social, mormente estatais, têm tratado os partidos da oposição com acesso parlamentar”.

    O deputado e presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, juntou-se ao coro e lamentou o espaço que os órgãos de comunicação social estatais dão aos partidos da oposição.

    “Não é aceitável que está aí um líder de um partido político a tecer declarações importantes sobre o país, vão lhe dar 30 segundinhos em detrimento de um secretário municipal”, disse.

    O PRS, na voz do seu presidente, deputado Benedito Daniel, disse que “nós o PRS nos sentimos hostilizados, porque francamente, são feitas as coberturas, mas raras vezes nós vemos os conteúdos das nossas actividades na TPA, RNA ou mesmo TV-ZIMBO”.

    MPLA rejeita acusações

    As acusações, foram prontamente rejeitadas pelo presidente da 4ª Comissão, Administração do Estado e Poder Local, deputado do MPLA, Tomais da Silva.

    “É preciso apresentar evidências e não fazer acusações graves com base em mera opinião de uma única confissão religiosa”, afirmou.

    O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, contactado pela VOA, lembrou haver imposições da Constituição sobre a imparcialidade dos órgãos de informação públicos.

    “A direcção dos órgãos é que devem responder: porque é que não o fazem?”, questionou.

    O debate acontece em ano eleitoral.

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