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    Comandante das forças terrestres sul-africanas em visita a Moscovo

    O comandante das forças terrestres do exército sul-africano está em visita oficial a Moscovo, anunciaram hoje as agências noticiosas russas Tass e Interfax, isto numa altura em que Washington acaba de acusar Pretoria de fornecer armamento à Rússia.

    Segundo o Ministério da Defesa russo, o tenente-general Lawrence Mbatha e sua delegação discutiram com seus homólogos russos “questões de cooperação militar” visando “aumentar a preparação para o combate das forças armadas de ambos os países”.

    De acordo com a mesma fonte, no âmbito desta reunião, “foram concluídos acordos sobre o reforço da cooperação entre as forças terrestres em vários domínios”, sendo que o ministério russo da defesa indica ainda que “durante a visita, a delegação sul-africana vai visitar instituições educacionais militares das forças terrestres e empresas do complexo industrial militar” russo.

    A deslocação deste alto responsável militar sul-africano à Rússia acontece pouco depois de o embaixador americano em Pretoria ter acusado na passada quinta-feira a África do Sul de ter enviado um cargueiro com armas rumo à Rússia no passado mês de Dezembro.

    Convocado pelo ministério sul-africano dos negócios estrangeiros, para explicitar as suas acusações, o diplomata “admitiu ter ultrapassado os limites e pediu desculpa ao governo e ao povo sul-africano”, afirma Pretoria num comunicado que não especifica se o embaixador americano acabou por desmentir essas acusações.

    O governo sul-africano afirma que não há nenhum rasto de uma qualquer aprovação de venda de armas de Pretoria a Moscovo. O Presidente Ramaphosa que também diz não ter conhecimento desta eventualidade, disse no final da semana passada ter pedido uma investigação sobre o assunto.

    Nesta segunda-feira, o chefe de Estado sul-africano garantiu ainda que está fora de questão que o seu país seja arrastado “para uma competição entre potências mundiais” sobre a Ucrânia e disse também que tem sido submetido a “pressões extraordinárias” no sentido de tomar posição a favor de uns ou de outros.

    “Não aceitamos que a nossa posição de não-alinhado favoreça a Rússia em relação a outros países. Também não aceitamos que isso comprometa as nossas relações com outros países”, disse Cyril Ramaphosa.

    Reagindo também a estas acusações, o Kremlin disse na sexta-feira que durante uma conversa telefónica na semana passada, o Presidente sul-africano e o seu homólogo russo, manifestaram a sua vontade de “acentuar” a sua cooperação.

    Em Washington, o departamento de Estado, disse por sua vez que o chefe da diplomacia americana tinha conversado com a sua homóloga sul-africana e que tinha sublinhado “a importância da parceria estratégica entre os Estados Unidos e a África do Sul”.

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    FonteRFI

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