O Estado angolano condenou, nesta quarta-feira, “veementemente”, o comportamento de um grupo de militares malianos que tomaram o poder pela força no Mali.
A acção praticada na terça-feira (19), em Bamako, culminou com a detenção do Presidente maliano, Ibrahim Boubacar Kéita, e do seu primeiro-ministro, Boubou Cissé.
Em declarações à imprensa, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse que o Estado angolano corrobora da posição da UA, que condenou a tomada do poder pela força, advogando o retorno da ordem constitucional e o diálogo nacional.
O governante sublinhou que, independentemente das razões que existam, a via constitucional é a que deve ser seguida para o alcance do poder, acentuando que África não deve retroceder para práticas registadas no passado.
O Presidente maliano foi detido por soldados, terça-feira, no final do dia, em Bamako, no culminar de uma rebelião iniciada no mesmo dia.
O acto já foi também condenado pela União Africana (UA), pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
Em relação a recandidatura de Josefa Sacko, comissária da Comissão da União Africana para a Economia Rural e Agricultura, Téte António considerou que a angolana reúne condições para a sua reeleição.