O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, garantiu ontem, no Cuito Cuanavale, Kuando-Kubango, que o Executivo pretende construir infra-estruturas aeroportuárias em todo o país.
“Estamos a desenhar uma nova filosofia de organização, gestão e exploração aeroportuária, que vai definir e enquadrar melhor a forma como o Estado deve intervir na cobertura dos défices de exploração dos aeroportos”, disse o ministro, que falava no acto de inauguração do 23 de Março do Cuito Cuanavale, província do Kuando-Kubango.
O primeiro Boeing 737 das Linhas Aéreas de Angola, com 62 passageiros a bordo, aterrou ontem na nova pista de 2.740 metros de comprimento e 30 de largura, inaugurando assim o ciclo de voos regulares para aquela província.
Depois de quatro anos sem receber voos domésticos, o aeroporto volta a ter condições para receber aviões de médio e grande porte.
Um terminal de passageiros com uma área de 1.222 metros quadrados está preparado para receber 50 passageiros a embarcar e outros tantos a desembarcar. O aeroporto dispõe ainda de três balcões de check-in, estruturas de segurança e comunicação e uma sala de recolha de bagagem. Inaugurado ao som de canções típicas, danças, acenos e gestos de gratidão, o aeroporto vai melhorar o fluxo de transporte de pessoas e mercadorias para a província do Kuando-Kubango, segundo o governador da província, Eusébio de Brito Teixeira.
“Esta inauguração enche de orgulho a população do Kuando-Kubango e em particular do Cuito Cuanavale”, sublinhou.
O governador anunciou para breve a construção de um ramal e um terminal logístico dos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes, para evitar possíveis contrariedades decorrentes da actividade de camionistas nas ruas de Menongue. As obras de construção do aeroporto 23 de Março, uma homenagem aos heróis da histórica batalha do Cuito Cuanavale, custaram seis mil milhões de kwanzas, um investimento que se enquadra no programa do Executivo de reabilitação e modernização dos aeroportos nacionais e reestruturação do sistema de transportes do país. Augusto da Silva Tomás considerou-o um símbolo da paz, reconciliação nacional, desenvolvimento e coesão nacional, garantindo que ele é moderno e com as dimensões adequadas para o apoio e estímulo ao desenvolvimento da região.
FONTE: JA
