A FIFA baniu o seu ex-presidente interino, Issa Hayatou, na terça-feira, por suposta irregularidade num acordo comercial para o futebol africano.
Hayatou, que foi presidente da Confederação Africana de Futebol durante 29 anos até 2017, foi banido por um ano por violação das regras do “dever de lealdade”, disse a FIFA ao anunciar a decisão do seu comité de ética.
Issa Hayatou também foi multado em 30 mil francos suíços, equivalentes a 33 mil dólares embora não esteja claro como a FIFA pode exigir o pagamento.
A investigação da FIFA concluiu que Hayatou assinou a CAF “num acordo anticompetitivo com a Lagardère Sport”, uma agência de direitos de mídia com sede na França.
Hayatou foi vice-presidente da FIFA e presidente substituto por vários meses entre a suspensão do cargo de Sepp Blatter em Outubro de 2015 e a eleição de Gianni Infantino quatro meses depois.
O camaronês, de 74 anos, perdeu a presidência da CAF em 2017, numa eleição contra Ahmad Ahmad, do Madagascar, cuja campanha foi apoiada por Infantino.
Ahmad agora cumpre uma proibição de dois anos após uma investigação de irregularidades financeiras pelo comité de ética da FIFA. Esse caso encerrou a sua candidatura para um segundo mandato.
O novo presidente da CAF é o bilionário sul-africano Patrice Motsepe, eleito sem oposição em Março, depois que outros candidatos se afastarem num acordo intermediado por Infantino.
Não está claro se a proibição da FIFA vai afectar o título de membro honorário de Hayatou do Comité Olímpico Internacional. Ele obteve o status de honorário após o término da sua filiação de 15 anos em 2016.