As restrições no abastecimento de água à cidade de Luanda têm a ver com situações técnicas e com a reduzida capacidade de produção da empresa, informou segunda-feira à imprensa o porta-voz da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL), Waldemir Bernardo.
De acordo com Waldemar Bernardo, citado pela Angop, a empresa produz em média 500 mil metros cúbicos de água por dia, enquanto a necessidade de abastecimento de Luanda esta acima de um milhão de metros cúbicos por dia.
Waldemir Bernardo disse que muitos cidadãos têm associado as restrições no abastecimento de água com o processo de greve que decorre neste momento na empresa, acrescentando que apesar da paralisação a empresa está a funcionar com normalidade.
O porta-voz que falava à imprensa a propósito de uma visita de constatação do funcionamento da subestação de distribuição do Camama e de Luanda Sudeste, explicou que a mesma (visita) visou mostrar aos órgãos de comunicação social e tranquilizar os cidadãos que apesar da greve a empresa está a trabalhar com normalidade.
Questionado se é possível a empresa funcionar normalmente enquanto funcionários continuam em greve, afirmou que a paralisação é pouco representativa e parcial, não afectando a instituição em termos operacionais, apesar de alguns constrangimentos técnicos.
“Temos as 14 estações de tratamento , os 27 centros de distribuição e os 24 balcões de atendimento ao público a funcionar, incluindo as equipas de campo móveis.”, sublinhou, ressaltando que a intenção é mostrar aos órgão de imprensa que todos os serviços da EPAL estão a funcionar em pleno.
Informou que devido a uma situação no abastecimento de energia, algumas estações de tratamento de água da EPAL não estão a funcionar , como a de Luanda Sul, e outras como a de Luanda Sudeste estão a funcionar com fontes alternativas.
O problema de energia afectou também os centros do Cazenga, Marçal, Munlevos, Golfe, Benfica I, Talatona e Nova Vida, causando restrições no abastecimento de água.
Em relação à falta de água ou as restrições na centralidade do Kilamba, esclareceu que na sequência de causa naturais, registou-se a alteração da característica da água bruta na área de captação que levou a redução dos grupos de bombagem e consequente diminuição da quantidade a aduzir ao centro de distribuição.
Questionado sobre a característica da água que está a chegar aos consumidores no Kilamba disse que existem algumas reclamações em função da coloração, mas, afirmou, técnicos da empresa estão a recolher amostras para ver a questão.
Informou que como alternativa e para atenuar a situação no Kilamba a empresa está a recorrer ao Centro de Distribuição do Camama que está a reforçar o abastecimento de água nesta zona.
Contactados hoje pela Angop alguns moradores no Kilamba informaram que têm registados muitos cortes no abastecimento e que a água que chega às torneiras tem uma cor amarelada e sem condições para consumo.
Apesar de a EPAL dar conta que esta situação se verifica desde domingo, os moradores afirmam que a questão, que afecta também a centralidade KK5000, ocorre há mais de uma semana.