O clérigo ultraconservador Ebrahim Raisi venceu as eleições presidenciais do Irão, segundo resultados oficiais parciais. Amnistia internacional pede que ele seja investigado por crimes contra a humanidade.
O clérigo ultraconservador Ebrahim Raisi venceu as eleições presidenciais do Irão com mais de 62,2% dos votos, segundo resultados oficiais parciais divulgados neste sábado (19.06).
Em 28,6 milhões de votos contados, Raissi obteve “mais de 17.800.000” desses, declarou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional do país, Jamal Orf, durante uma entrevista coletiva em Teerão, em que não deu uma estimativa da participação.
Entretanto, a Amnistia Internacional (AI) defendeu que o clérigo ultraconservador declarado o próximo presidente do Irão deveria ser investigado por alegados crimes contra a humanidade, e por uma “espiral de repressão” dos direitos humanos, avançou a agência de notícias AFP neste sábado (19.06).
“Ebrahim Raisi subiu à presidência em vez de ser investigado pelos crimes contra a humanidade de homicídio, desaparecimento forçado e tortura. É uma lembrança sombria de que a impunidade reina suprema no Irão”, afirmou a AI numa declaração.