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    Angola passa o testemunho ao Congo-Brazzaville

    A cidade de Brazzaville, República do Congo, acolhe as reuniões sectoriais precedentes à 7.ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), agendada para o dia 19 deste mês.

    Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chegado à redacção do Jornal de Angola indica que as reuniões começaram no último sábado, com a análise dos relatórios de actividades dos peritos das Finanças dos Estados membros.

    Ontem teve lugar a reunião dos chefes de inteligência, enquanto para hoje está agendado o encontro dos chefes de Estado-Maiores e de Defesa. Nestas reuniões, estão a ser analisados o relatório do Mecanismo Conjunto de Verificação Alargado (MCVA) sobre a situação de segurança humanitária, bem como o relatório do Centro Conjunto de Fusão de Inteligência (CCFI).

    Amanhã, realiza-se a reunião do Comité de Ministros da Defesa, em que vai ser apresentado o relatório dos chefes de inteligência e de Estado-Maior da Defesa.

    Na sexta-feira e no sábado, os coordenadores nacionais da CIRGL vão reunir-se para, entre outros aspectos, analisarem o relatório do secretariado da organização referente às actividades realizadas no último ano, assim como o relatório de contribuição dos Estados-membros na implementação do pacto durante os primeiros dez anos de existência da CIRGL (2006-2016).

    Para domingo e segunda-feira, está agendada a reunião do Comité Regional Inter-Ministerial, composto pelos ministros das Relações Exteriores, que vrão preparar a agenda da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, agendada para o dia 19.

    A 7.ª Cimeira da CIRGL será realizada sob o lema “Acelerar a implementação do pacto para garantir a estabilidade e desenvolvimento na Região dos Grandes Lagos” e servirá para Angola passar a presidência da organização à República do Congo.

    A organização é presidida desde 2014 por Angola. O ex-Presidente, José Eduardo dos Santos, assumiu em Fevereiro de 2016 um segundo mandato, consecutivo, na presidência rotativa da CIRGL, a convite dos restantes Estados-membros, depois de o Quénia ter manifestado indisponibilidade para as funções.

    Criada em 1994, esta organização integra, além de Angola, o Burundi, as repúblicas Centro-Africana (RCA), do Congo, Democrática do Congo (RDC), Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

    O objectivo principal da CIRGL é evitar que a região continue a ser foco de instabilidade em África, cujas consequências acabam sempre por afectar os Estados limítrofes, ainda que não estejam directamente envolvidos no conflito.

    O Pacto sobre Segurança, Estabilidade e Desenvolvimento na Região dos Grandes Lagos foi adoptado pelos Chefes de Estado e de Governo em 2006 e entrou em vigor em Junho de 2008. Mas, por incrível que pareça, os Estados da região continuam relutantes na dinamização da conferência, já que, de forma reiterada, alguns líderes acabam por se envolver em conflitos de outros Estados e até fomentá-los.

    Quando analisada do ponto de vista geográfico, a região dos Grandes Lagos é uma das mais ricas do continente africano. Vários rios atravessam a região e a maioria dos Estados tem no seu subsolo recursos naturais em abundância, com uma diversificação considerável. Os solos são férteis e propícios para a prática de agricultura e, como se fosse uma bênção de Deus, todos os Estados têm uma população jovem.

    A diplomacia angolana estabeleceu como prioridade, no seu primeiro mandato à frente da CIRGL, a resolução dos conflitos armados na RCA e RDC. (Jornal de Angola)

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