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    Activistas ou intriguistas sociais?

    Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir…

    Séneca

    Inspirei-me nesta expressão de um grande pensador, para manifestar sentimentos de alguma preocupação e de desilusão, relativamente aos equívocos que pairam na mente de alguns “supostos” activistas sociais sobre a nossa realidade sociopolítica.

    Ser Activista social o que é, afinal de contas? Qual é a sua representatividade social? Que estatuto lhe é conferido pela lei que nos governa?

    Estamos perante uma confusão naquilo que é a realidade que vivemos, quando nos confrontamos com pessoas mal educadas, exibindo uma rebeldia sem sentido, esboçada em conluios, de natureza tribal, selvagem e sem bilhete de identidade. O único BI admissível e aceite por todos é aquele que identifica o cidadão de acordo com a bandeira que nos cobre.

    Não é o que aparece nas redes sociais, com capa e atributos de um falso regionalismo, desgarrado da realidade, reclamando direitos e outras pretensões segregacionistas, muito comuns e fora dos contextos reais em que vivemos.

    A província do Moxico tem as suas tradições e especificidade respeitadas pela constituição e ninguém em sã consciência pode reclamar direitos não consagrados na lei magna. Este é o princípio basilar a que devemos todos estar submetidos, de Cabinda ao Cunene.

    Em Angola, que conhecemos em 1975, não deverá existir o estigma da separação regional sob pretexto algum. Não se pode exigir em meses o que não se fez em 26 anos de governação autoritária, sem rumo ou diálogo com as populações, para sentirmos e definirmos um horizonte para o país, que é de todos os portadores do bilhete de identidade nacional e os seus requerentes.

    Criticar a acção governativa é um acto legítimo, desde que se faça com sustentação e nos marcos do respeito à privacidade. Não deve sob pretexto algum estar assente em reivindicações regionais, tribais, de família ou outros interesses.

    Vejamos o exemplo simples da vida, em que, a província, de repente, desponte na produção, nas trocas comerciais e outras? Não vai fazê-lo sob motivações tribais ou regionais. Vai fazê-lo sob o critério do mercado e sob o contexto regional em que a província está inserida e das suas potencialidades naturais.

    A província do Moxico está sob enorme pressão. Por um lado, sob o crivo das manifestações tribais, regionais, que resultam da condição humana e por outro das condições do seu potencial económico, de província rica em água, minerais e infraestruturais, que podem, se forem devidamente equacionadas, gerar resultados e sublimar as reivindicações e harmonia social.

    Creio ser esta a árdua tarefa do poder, que se confronta com a necessidade de transformar a natureza em prol das necessidades do país e da província. E há provas disso, se olharmos às dinâmicas governativas e resultados alcançados, na resolução dos diversos problemas candentes da província. É aí que todos devemos analisar a realidade.

    A ninguém interessa a intriga, como expressão reivindicativa de direitos numa região onde todos, de Cabinda ao Cunene, se devem sentir felizes e livres para viver e organizar as suas vidas.

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