Angola é um dos países mais estranhos que conheço. A mídia, salvo algumas excepções tem uma tendência enorme em dar voz e espaço aos “merdólogos”. É incrível o modo como pessoas que não sabem nada, não dizem nada, não ajudam em nada no desenvolvimento cognitivo e sócio cultural das pessoas têm acesso facilitado às rádios e TVs. O critério hoje é ser patético, ridículo e sem noção de nada.
Mas o quê que a mídia quer? Audiência? Sim, percebo. Mas não dá para equilibrar? Acho que é possível buscar o equilíbrio necessário entre a imbecilização dos “artistas” e a seriedade editorial.
Será que queremos apenas uma sociedade de Poca Pys, Da belezas, Pacingues Tolobas e outros, visível e claramente sedentos de publicidade e aparição a todo e qualquer custo?
Porquê que a mídia patrocina a futilização da sociedade? Porquê que Jéssica Pitubull, K 2, Flor de Raiz, Poca Py, Florinda Miranda, e outros da mesma linha de pensamento têm quase que espaço e tempo de antena garantidos?
Por isso digo com alguma frequência que em Angola existem pouquíssimas figuras públicas. O que mais temos são figuras publicadas. Se a mídia de uma maneira geral fosse mais exigente o número de jovens vampirizados e mumificados não estaria em alta como tem vindo a aumentar.
A mídia em angola tem uma grande responsabilidade na universalização da patetice, mediocridade e alienação desses jovens e senhores.
Sambala