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    UNITA não conseguiu contribuições para pagar cerimónias da transladação

    O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, confirmou em conferência de imprensa aquilo que o partido já tinha lamentado antes da cerimónia final da deposição dos restos mortais de Jonas Savimbi em Lopitanga, Bié, no passado dia 01 de Junho. As contribuições foram escassas para as despesas globais.

    Dos 500 milhões de kwanzas que o “Galo Negro” gastou no programa alargado das cerimónias de transladação dos restos mortais do antigo líder e fundador, os contributos ficaram-se pelos 80 milhões de kwanzas.

    Foram 83 milhões, precisamente, avançou o Presidente da UNITA em conferência de imprensa, na segunda-feira, arrecadados graças aos contributos de amigos, simpatizantes e militantes do partido que Jonas Malheiro Savimbi fundou em 1966.

    “Tivemos que nos contentar com o que conseguimos. A ajuda que nos foi prestada foi muito valiosa”, disse, no entanto, Isaías Samakuva, que elogiou a postura do Presidente da República, João Lourenço, em todo este processo.

    Jonas Savimbi morreu em combate a 22 de Fevereiro de 2002e desde então que a UNITA pugna por cumprir com o seu desejo manifestado em vida de ser sepultado no cemitério onde estão sepultados os seus pais, em Lopitanga, Andulo, província do Bié.

    Na mesma conferência de imprensa, Samakuva admitiu que o seu partido vai analisar igualmente os casos pendentes referentes a outros antigos dirigentes mortos durante o conflito sobre os quais é o Governo que ficou responsável pelos seus restos mortais.

    Sobre a eventualidade de a UNITA ter, igualmente, ficado responsável pelos restos mortais de dirigentes ou antigos comandantes militares das FAPLA/MPLA, nomeadamente quanto à localização das suas sepulturas, Isaías Samakuva garantiu que tal não sucede.

    “É uma matéria que se pode ser abordar no âmbito da necessidade da reconciliação nacional, mas devo dizer que a UNITA não tem os corpos de ninguém” que possa ou deva identificar e informar sobre a sua localização, disse.

    “Os que morreram no campo de batalha são muitos, tanto de um como do outro lado, e se formos a falar caso a caso, muitos deles estão em túmulos desconhecidos”, disse o líder do “Galo Negro” acrescentando que “dos males do conflito, culpados e responsáveis são todos”.

    Isaías Samakuva salientou que “o País precisa de abordar essas questões”, o que já deveria ter sido feito “há muito tempo e sem tabus”.

    O presidente do maior partido da oposição em Angola, salientou, no entanto, que não são só os corpos de combatentes e de dirigentes que a UNITA pretende, mas reaver também o seu património que está nas mãos do Governo há muitos anos.

    Durante a conferência de imprensa, Isaías Samakuva sublinhou ainda que no presente mês, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA vai reunir para definir uma data para o 13.º congresso do partido que teve acontecer este ano.

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