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    Tarifa do comboio pode alterar a qualquer momento

    A autoridade de preços e concorrência de Angola está a analisar uma série de propostas que já foram produzidas para a subida, a qualquer altura, da tarifa dos transporte ferroviário, avançou o Presidente do Conselho de Administração do Caminho-de-Ferro de Luanda, Celso Rosa.

    “ Pensamos que vamos assistir, nos próximos tempos, subidas graduais o preço do bilhete do comboio”, afirmou o gestor da empresa à imprensa, à margem do III Encontro de Quadros deste instituição.

    Sem mais detalhes, absteve-se em avançar preços, uma vez que a população já especula, sobretudo os utentes destes meios, que apontam uma subida para 100, 150 e 200 kwanzas. Valores que nenhum deles foi confirmado pelo responsável.

    Na obstante isso, Celso Rosa Mas acredita que o novo Governo tomará uma posição de equilíbrio que satisfará o interesse dos cidadãos e que permitirá ao CFL funcionar num ambiente que lhe de normalidade.

    Celso Rosas disse que os desequilíbrios actuais são enormes e não contribuem para que a empresa funcione no ponto de vista normal, olhando para os custos operacionais da empresa.

    Obras em curso reduzem operações do CFL

    No quadro dos vários desafios do CFL, entre as quais, a construção da segunda linha que vai ligar a estação do Bungo ao novo aeroporto Internacional, a edificação das seis novas estações, além das passagens superiores, a instituição foi obrigada a reduzir as suas operações de tráfego, de acordo com o seu responsável.

    Segundo disse, há dois anos o CFL operava diariamente com 12 frequências que baixaram para oito, transportando em media, oito mil passageiros, contra 12 mil anteriores (há dois anos).

    Quanto aos preços actuais, a titulo de exemplo, referiu que, no trajecto entre Luanda a Catete, numa distância de 64 quilómetros, a tarifa é de 30 kwanzas, para os comboios normais, um valor que considerou módico.

    Este valor, de acordo com Celso Rosa, não reflecte na realidade os custos reais das operações, daí ser necessidade urgente a revisão das tarifas, para que a empresa e sua gestão possa arrecadar mais receitas e assegurar a sua actividade de exploração.

    A instituição, mensalmente, precisa de um mínimo de 320 milhões de kwanzas, mas actualmente, recebe 102 milhões de kwanzas como fundo operacional, de a conhecer.

    Acrescentou que, estão a produzir em média, 40 milhões de kwanzas por mês, um montante que não chega para suportar as despesas com o pessoal, e outras, como a assistência técnica.

    “ Precisamos rever as coisas e temos a certeza que o Governo está atento e sensibilizado com a actual situação e acreditamos que nos próximos dias, vamos conhecer uma melhoria”, augura Celso Rosa, apontado a revisão das tarifas como uma das principais melhorias que a empresa espera registar.

    Esta solução, no seu ponto de vista, também vai permitir a melhoria da circulação do comboio de Luanda/Malanje, Luanda/Ndalatando/Dondo, Luanda/Catete e vice-versa, com total segurança.

    Ndalatando, Dondo, Catete, funcionem normalmente e capaz de garantir a circulação dos comboios com maior segurança.

    O III Encontro de Quadros do CFL vai decorrer de 26 a 27 do mês em curso, e está a discutir as principais preocupações da empresa quer de carácter organizacional, funcional, financeiro e quer administrativo e comercial.

    O primeiro troço do comboio do CFL, foi inaugurado a 31 de Outubro de 1888, através do então Caminho de Ferro de Ambaca, ligando Luanda à Funda, num percurso de 45 quilómetros.

    Este ano, o CFL completa 129 anos de existência.

    A primeira estação, no Bungo, junto à marginal de Luanda, ainda mantém hoje a traça original e chegou a permitir a ligação à zona mais nobre da capital. (Angop)

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