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    Show dos Afra Sound Star “ressuscita” ídolos nacionais

    Os Afra Sound Stars efectuaram, sexta-feira, o seu primeiro grande concerto em Angola, 30 anos depois. Esperava-se um show nostálgico, tendo em conta o sucesso do grupo na década 80 e 90, mas foi mais do que isto.

    As mais de duzentas pessoas que se deslocaram ao Royal Plaza (Talatona) se depararam com muitas surpresas. Os Afra levaram ao palco do “Show do Mês” um género musical da terra, o Kilapanga, mas não deixaram de parte outros relacionados com a cultura angolana e fizeram uma “viagem” pelos músicos que os influenciaram, tanto nacionais como internacionais.

    Abriram com “Mbemba”, tema muito ritmado que deu as boas vindas aos espectadores, deixando antever o que seriam as duas horas de música.

    Entre os vários momentos, o primeiro surgiu logo na sétima música, quando a banda anunciou a presença de uma artista com quem tocaram durante longos anos. Por trás da cortina saiu Zizi Mirandela, uma voz que teve a sua parcela de sucesso no passado. Com a música “Cela da desilusão”, a artista, que não subia ao palco, para concerto, há 28 anos, foi aplaudida de pé. Lágrimas escorreram nos rostos de algumas pessoas que não acreditavam voltar a vê-la.

    Seguiu-se a “viagem” pela América, com as interpretações das músicas “My Away” (Frank Sinatra), “What wonderful world” (Louis Armstrong) e “Walk of life” (Dire Straits), antes de apresentaram outros grandes sucessos como “Landidila Joana” e “Muleta”.

    Na ponta final foi chamado o segundo convidado. “Boate em boate” foi o primeiro tema deste. Tratava-se de Dually Jair, ausente dos palcos há mais de 20 anos por razões académicas, que encerrou a sua participação com a música “Kizaca”, levando o público de volta aos anos 80, período em que o tema era um êxito nacional.

    Os minutos que restaram serviram para os Afra Sound Star encerrar o evento a “rasgar”, com músicas como “Mulata”, “Kimbele”, “Sambessa” (este rapaz só gosta de funge) e “Menina não chora”.

    Os “Bad boys” de Angola, como também são conhecidos os Afro, estão de volta. Com idades avançadas, mas com a mesma qualidade, ritmo e mais maduros. As passagens pelo Brasil, Portugal e Bélgica não retiraram a angolanidade do grupo, muito pelo contrário, mas sim deu-lhes novos conhecimentos para o enriquecimento da nossa cultura.

    Foi uma noite memorável, com a banda, que este ano completa 40 anos, a deixar os espectadores “hipnotizados”, com a qualidade rítmica e uma harmonia fora de comum nos palcos nacionais. (ANGOP)

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