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Terça-feira, Outubro 15, 2024

Jovens tentam legalizar novo partido em Angola

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FONTE:DW

Em entrevista à DW, Luís Castro, coordenador do Partido Liberal, diz que o movimento de centro-direita resulta da não identificação dos jovens com a política atual. Força partidária aguarda ainda aprovação do TCA.

Depois de uma vasta experiência no associativismo juvenil, onde se destacou pela promoção de reflexões, debates e denúncias públicas, Luís Castro assume o desafio de liderar o primeiro projeto político juvenil em Angola, denominado Partido Liberal. À DW África, admite que este é fruto da sua vontade de entrar na política ativa e da falta de identificação dos jovens com os partidos tradicionais.

“A juventude não pode continuar por cima do muro ou dependente dos partidos tradicionais”, começou por dizer à DW África. “Nós queremos levar connosco essa juventude que pretende participar na vida política, mas que não quer entrar através dos partidos tradicionais”, esclareceu.

Participar nas eleições gerais de 2027 e conseguir formar uma bancada parlamentar são objetivos deste projeto político.

Luís Castro entende ser necessário alterar a forma como se olha para atividade política no país, colocando no centro da atuação os valores da ética e do civismo. “Porque nós entendemos que a política em Angola é muito mercantil”, disse.

A coordenação do Partido Liberal está a trabalhar para remeter ao Tribunal Constitucional de Angola (TCA)o dossiê da sua comissão instaladora. Questionado sobre um possível chumbo pelo TCA, à semelhança de outros projetos políticos, o coordenador responde.

“Podemos ser legalizados ou não, mas o importante [aqui] é fazermos um caminho. O importante é mostrarmos à juventude angolana que é possível”, frisou.

Apesar de não comungarem da mesma visão ideológica e dos principais temas da vida política, este novo projeto político não coloca linhas vermelhas à relação com os partidos da independência. Ainda assim, Luís Castro diz que o Partido Liberal também não vai ser uma “bengala” de nenhuma força partidária.

“Nós não fazemos linhas vermelhas aos partidos tradicionais, mas não comungamos com a forma de ser e de estar dos partidos tradicionais na política”, concluiu.

Por João Aldalberto

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