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    PNFQ prevê formação de mais de oito mil médicos

    Logotipo do Plano Nacional de Formação de Quadros e Recursos Humanos (Foto: Lino Guimarães)
    Logotipo do Plano Nacional de Formação de Quadros e Recursos Humanos (Foto: Lino Guimarães)

    O Programa Nacional de Formação de Quadros (PNFQ) prevê que até 2020 estejam formados oito mil e 600 médicos, contra os cerca de três mil estimados no ano 2000.

    A informação foi prestada no V Congresso Internacional dos Médicos de Angola, realizado de 26 a 27 do corrente em Luanda e que abordou o “Plano Nacional de Formação de Quadros”.

    Segundo Evelize Frestas, coordenadora adjunta da Unidade Técnica de Gestão para Implementação do PNFQ, em representação do director de Gabinete do referido programa, Aldemiro Vaz da Conceição, prevê-se ainda que até 2025 o país conta com 13 mil e 900 médicos e que os licenciados se vão diferenciando em 31 especialidades médicas.

    Prevê-se também a formação de 240 mestres e 50 doutores, estes últimos para apoiar o ensino e a investigação.

    Neste âmbito, a Ordem dos Médicos de Angola, sendo um parceiro imprescindível na implementação do PNFQ, é particularmente desafiada para resgatar uma cultura médica que promova a inovação organizacional e tecnológica direccionada aos problemas que o país enfrenta, que consolide os valores éticos, morais e deontológicos da classe e que reponha o reconhecimento social dos médicos.

    É ainda chamada a colaborar na promoção e qualificação do ensino médico, com especial atenção à especialização e à formação contínua dos médicos, e na definição do perfil profissional dos médicos no quadro do Sistema Nacional de Qualificações.

    Participar nos estudos sobre formação e empregabilidade dos médicos em Angola, bem como contribuir para o constante aperfeiçoamento do Serviço Nacional de Saúde, garantindo o direito de todos os cidadãos a uma medicina qualificada, deverá ser outra tarefa da Ordem dos Médicos de Angola.

    Evelize Frestas fez recordar que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no seu discurso sobre o Estado da Nação, no ano passado, sublinhou a necessidade de uma revolução qualitativa.

    “Precisamos de mais e melhores professores, de melhorar os métodos de ensino e de avaliação mais rigorosa e objectiva nos cursos de ensino médio e profissional, em particular, e no ensino superior.

    Acrescentou que o PNFQ (2013-2020) é o instrumento de implementação da Estratégia Nacional de Formação de Quadros, alinhada com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND, 2013-2017) e a Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo ‘‘Angola 2025’’, em resposta às necessidades de qualificações e competências no país.

    O PNFQ elenca um conjunto de profissões estratégicas ao nível da formação profissional, do ensino médio-técnico e do ensino superior, relevantes para a concretização e sustentabilidade dos Projectos Estruturantes do Executivo angolano, priorizando os Mega-Clusters da Energia e Água, da Geologia, Minas e Indústria (incluindo a Indústria Transformadora e a Indústria Extractiva), do Petróleo e Gás Natural, da Alimentação e Agro-Indústria, da Habitação, dos Transportes e Logística, da Saúde e Bem-Estar, e da Educação, Cultura, Investigação e Desenvolvimento.

    O PNFQ tem como objectivos apoiar o desenvolvimento, quantitativo e qualitativo do potencial humano de Angola, condição essencial para a sustentabilidade do desenvolvimento económico, social e institucional e a inserção internacional competitiva da economia angolana.

    O mesmo visa ainda assegurar a formação e qualificação de recursos humanos qualificados que correspondam às necessidades de desenvolvimento do país e promovam o ajustamento, quantitativo e qualitativo, entre as necessidades e a oferta formativa.

    Para responder a estes objectivos, o PNFQ contempla oito programas de acção (PA), nomeadamente Formação de Quadros Superiores, Médios, Profissional e para o Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial.

    O Programa de Formação e Capacitação de Professores e de Investigadores para o Ensino Superior e Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e o de Formação de Quadros Docentes e de Especialistas e Investigadores em Educação servem para garantir os docentes e investigadores que suportam os demais programas, desde o nível pré-escolar até à pós-graduação.

    De acordo com Evelize Frestas, a “Comissão Interministerial” do PNFQ garante a necessária articulação entre todos os departamentos ministeriais envolvidos, enquanto as acções de formação em si são oferecidas pelas instituições vocacionadas para o efeito (Universidades, Centros de Investigação, Escolas, Institutos Públicos, Agências e Empresas), com o apoio das ordens e associações profissionais e a indispensável colaboração da Comunicação Social.

    Em termos absolutos, o PNFQ prevê o aumento do Stock Nacional de Quadros, no período 2013 até 2020, de 1.230.000 (um milhão e duzentos e trinta mil) para 2.320.000 (dois milhões e trezentos e vinte mil). (portalangop.co.ao)

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