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    No primeiro semestre deste ano: Redução da importação contribui na poupança de USD 300 milhões

    Nunes Júnior deu a informação no acto cerimónia de abertura do 32º aniversário da Câmara de Comércio e Indústria.

    Angola poupou, só no primeiro semestre deste ano, 300 milhões de dólares, com a redução em importações de bens alimentares, revelou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

    Ao intervir, quinta-feira, na cerimónia de abertura das celebrações do 32º aniversário da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, Manuel Nunes Júnior disse que o país consumiu apenas 980 milhões de dólares, contra os 1,3 mil milhões de dólares gastos em igual período do ano passado.

    O ministro de Estado ressaltou que essas medidas ajudam a atingir o grande objectivo estratégico do país, que passa pelo aumento da produção nacional e a transformação da actual estrutura económica, que ainda se encontra muito dependente do sector petrolífero.

    Neste domínio, destacou que o PRODESI (Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações) tem seguido a sua marcha, corrigindo alguns dos defeitos ao longo do percurso.

    Disse terem sido aprovados mais de 500 pedidos de financiamento, ao abrigo das iniciativas do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), para suportar as metas do PRODESI. Destacou, neste particular, o financiamento a mais de 300 cooperativas nos ramos da agricultura, pecuária e pescas, cujo total disponibilizado ultrapassa os 140 mil milhões de Kwanzas.

    No âmbito do aumento da produção nacional e da substituição das importações, prosseguiu, foi aprovado, no decurso deste ano, o Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural. Esta iniciativa, explicou, visa permitir que a produção verificada um pouco por todo o país chegue aos grandes centros de consumo, criando, com isso, riqueza para os produtores e o seu meio circundante, eliminando, ao máximo, o desperdício do que se produz.

    “As experiências das várias feiras da produção nacional que vimos assistindo nos últimos meses, pelo país, indicam que o Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural é uma aposta que deve continuar, pois a produção nacional já vai existindo em vários pontos do país”, frisou.

    Face a este novo ambiente que o país vive, Manuel Nunes Júnior apelou aos agentes económicos ligados às cadeias de distribuição e logística a redireccionarem o foco na produção nacional, facilitando, deste modo, o escoamento dos produtos do campo para a cidade e levando para aquele os insumos necessários à produção.

    Este desafio, disse, é, também, dirigido aos agentes económicos que actuam no sector industrial, tendo em conta que é o campo um dos grandes fornecedores de matéria-prima para a indústria nacional do sector alimentar.

    Importância da Câmara O ministro de Estado para a Coordenação Económica destacou a importância da Câmara de Comércio e Indústria de Angola no desenvolvimento social e económico do país.

    Manuel Nunes Júnior salientou que Angola conta com aquela instituição nos grandes esforços para fazer dela um país diferente, com uma economia diferente.

    O Executivo, disse, conta com aquela instituição por causa da sua nobre missão de trabalhar na capacitação do empresariado nacional, que tem uma acção importante no domínio da diplomacia económica do país.

    “A Câmara de Comércio e Indústria de Angola é uma associação parceira do Executivo, com a qual temos estabelecido excelentes relações de cooperação”, aclarou o governante, para quem a ideia é levar o país a ter uma economia forte, eficiente, menos dependente do petróleo e capaz de seguir uma trajectória de crescimento sustentado e sustentável.

    Manuel Nunes Júnior informou que têm sido implementadas medidas para que o sector privado – em particular o não petrolífero – passe a ter um papel mais activo no desempenho da economia angolana, para que, com a sua acção, diminua o peso do sector dos petróleos no PIB.

    O Executivo, disse, tem realizado um conjunto de medidas para tornar o ambiente de negócios mais atractivo para o investimento. O ministro de Estado disse tratarem-se de medidas de natureza orçamental e fiscal que permitiram ao país sair de deficits sucessivos, desde 2016, para saldos fiscais positivos, em 2018 e no ano passado.

    Também foram tomadas medidas com vista à redução da inflação que permitiu a Angola sair de uma taxa de inflação de mais de 40 por cento, em 2016, para cerca de 17 por cento em 2019.

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