O Centro de Integridade Pública de Moçambique acusa o governo de Filipe Nyusi de ter mentido sobre as dívidas ocultas. Mais de uma dezena de organizações da sociedade civil exigem a publicação da auditoria da Kroll na sua totalidade, argumentando que o relatório sumário não tem os pontos mais importantes.
O Centro de Integridade Pública de Moçambique acusa o governo de Filipe Nyusi de ter mentido sobre as dívidas ocultas.
Mais de uma dezena de organizações da sociedade civil exigem a publicação da auditoria da Kroll sobre as dívidas ocultas na sua totalidade, argumentando que o relatório sumário não tem os pontos mais importantes. Elas apelam, ainda, para uma mobilização pública.
Entretanto, citado pela agência Lusa, John Ashbourne, o analista da Capital Economics que segue a economia de Moçambique, considerou que a divulgação da auditoria da Kroll mostra “que todo o sistema estava bastante podre” e que a missão do FMI é “bastante promissora”.
“Agora que a auditoria está feita, esperamos que haja algum progresso no sentido de se avançar com um acordo entre o Governo e os credores”, disse o analista.
O escândalo das dívidas ocultas foi revelado em Abril de 2016, quando o Wall Street Journal divulgou que houve um empréstimo escondido de 622 milhões de dólares da ProIndicus e de mais 535 milhões da MAM, ambos com garantias do Estado moçambicano. (Rfi)