A vice-presidente da Associação Nacional dos Avicultores de Angola, Maria José Victor, revelou hoje que 90 a 95 por cento dos avicultores da província de Luanda paralisaram suas actividades por falta de ração animal.
A líder associativa, que prestou essa informação à ANGOP na “Expo Feito Angola” (EFA), a decorrer de 7 a 11 de Dezembro, sublinhou que o sector está praticamente paralisado por falta de ração e está a afectar o abastecimento ao mercado.
“Estamos praticamente paralisados. Temos 90 a 95% dos produtores paralisados, por falta de ração, o custo da ração está muito alto e o sector está inviável, com uma necessidade de mercado alta”, enfatizou.
A associação, segundo Maria Victor, que não precisou o número de avicultores em Luanda, está com quase 140 produtores em todo país.
Quanto às necessidade de ração, disse que só Luanda precisa mais de quatro milhões de toneladas de milho ano. Lamentou o facto de o sector não ter milho direccionado. “ O milho que utilizamos é o que encontramos no mercado, onde a tonelada varia entre 450 a 500 dólares”.
Maria José Victor disse que a associação apresentou uma proposta ao Governo para se juntarem às cooperativas no sentido de produzirem milho e soja.
Em relação à EFA, que encerra no domingo na Zona Especial Economica, a empresária disse que o evento representa uma oportunidade para mostrar o que pensam sobre o sector avícola, que continua a trabalhar no sentido de estruturar-se melhor.
O evento serve como um motor das relações económicas, que dinamiza o sector produtivo empresarial.
Nesta primeira edição, participam mais de 150 empresas com representações de várias províncias do país.
ANGOP
