A Liga Guineense dos Direitos Humanos afirma estar preocupada com o aumento da violência policial com cumplicidades do Ministério do Interior. Numa carta aberta dirigida à Ministra do Interior na sequência da morte de um jovem por agressões policiais, a liga acusa o Ministério do Interior de cumplicidades impunemente em atrocidades, pondo em causa o estado de direito democrático.
O Presidente interino da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Abubacar Turé, condena a promoção de impunidade diante de atitudes e comportamentos violentos contra os direitos fundamentais.
Numa carta aberta dirigida à Ministra do Interior, Abubacar Turé afirma que é urgente travar a violência policial que acontece impunemente no Ministério do Interior.
“Como não podemos ficar de braços cruzados enviámos uma carta aberta à Ministra do interior exigindo a função completa das suas responsabilidades mas também condenando esse silêncio, essa passividade que para nós constitui uma passividade com as atrocidades e a impunidade”.
A morte do jovem Abdul Carimo Sani por agressões policiais e sem nenhuma reação das autoridades, segundo Abubacar Turé, demonstra um quadro preocupante de cumplicidades no Ministério do Interior.
“Temos registado um conjunto de factos que consubstanciam violações graves dos direitos humanos perpetradaspelas forças de segurança. No dia 1 de Setembro houve uma operação policial que culminou com o espancamento brutal de um jovem que acabou por falecer. No dia 4 de Outubro houve outra operação policial, que nós consideramos criminosa, que culminou com mais de dez feridos”.
As circunstâncias da morte do jovem Sani, objeto de uma investigação da Polícia Judiciária, anunciou o Ministério do Interior que lamenta o sucedido, prometendo cumprir a missão de garantir a ordem pública, tranquilidade e segurança.
