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    Guiné Equatorial exige reformas na ONU e critica primazia do poder

    O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, pediu hoje a renovação e modernização do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), tecendo duras críticas à primazia e abuso dos países ricos e poderosos.

    Numa mensagem de vídeo gravada anteriormente e transmitida hoje no Salão da Assembleia Geral da ONU, por ocasião da comemoração dos 75 anos da organização, o Presidente da Guiné Equatorial convidou todos os países a “pôr fim a comportamentos malignos” e a acolher “um ponto de viragem entre um mundo inseguro, cheio de conflitos, e o despertar de uma nova geração de paz, segurança e prosperidade”.

    Segundo Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, “existe uma clara e urgente necessidade de reformas”, notando a “falta de vontade política real por parte dos Estados-membros”.

    “Não podemos aceitar que, depois de tantos anos, a Carta das Nações Unidas continue a preservar a primazia dos grandes poderes, que pisam as aspirações legítimas dos fracos, para poderem aproveitar as vantagens democráticas do sistema das Nações Unidas”, acusou.

    De acordo com o chefe de Estado da Guiné Equatorial, no poder há 41 anos, “a falta de respeito pela atual ordem legal internacional é a causa para muitos conflitos, guerras, situações injustas, abusos de poder e uso arbitrário de força nas relações internacionais”.

    Criticando as “ambições hegemónicas pelo poder”, Teodoro Obiang sustentou que “não existe justificação para o enorme fosso entre países ricos e pobres”, considerando ser “inconcebível que, depois de 75 anos, ciência e tecnologia para o desenvolvimento continuem a ser preservações de apenas alguns estados”.

    Desta forma, o Presidente de 78 anos exigiu, para a modernização das Nações Unidas, uma organização “melhor preparada e equipada para as dificuldades do futuro, como crescentes desigualdades, pobreza, fome, conflitos armados, terrorismo, insegurança, alterações climáticas e pandemias“.

    Assumindo o compromisso da Guiné Equatorial com a ONU, com o multilateralismo e com os princípios orientadores da Carta da ONU, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo elogiou o sistema legal internacional criado no quadro da organização.

    O Presidente considerou ainda que a descolonização foi “um dos resultados positivos” na história da organização, como também a resolução pacífica de conflitos e a distribuição de assistência humanitária.

    Teodoro Obiang Nguema Mbasogo prestou um “sincero tributo a todos os secretários-gerais que lideraram as Nações Unidas, todos os presidentes da Assembleia Geral e todas as delegações”, que todos os anos “inculcaram novas formas de ver o mundo”.

    A Assembleia Geral da ONU inaugura na terça-feira o debate geral de uma forma sem precedentes nos 75 anos da organização, em que a totalidade dos discursos de chefes de Estado e de Governo será feita por vídeos previamente gravados.

    A semana de alto nível na Assembleia Geral da ONU começou hoje em Nova Iorque, com a presença limitada de pessoas na sede.

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