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    Funcionário denuncia nepotismo na contratação de pessoal para a Comissão Eleitoral em Malanje

    Um funcionário da Comissão Provincial Eleitoral de Malanje (CPE) denuncia a ocorrência de casos de nepotismo para o recrutamento de novos colaboradores para a instituição.

    José Lopes, chefe da Secção de Património de Transporte da CPE, aponta o dedo a responsáveis e diz ter comunicado as suas preocupações às representações da Procuradoria Geral da República e da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) na província.

    “Por causa disso há na CPE, que eu vou ser transferido”, afirma.

    “Só o próprio presidente, José Muhongo, empregou mais de oito elementos, famílias suas, sobrinhas, amigas (…) só ele, na sua conta pessoal. Isso é horrível e o nosso partido, que é o MPLA, orienta que todo o cidadão que se deparar com este tipo de situação deve denunciar, (mas) o que me parece que me denuncia é inimigo desta pessoa”, revela Lopes.

    Muhongo rejeita as acusações e pede provas, ao mesmo tempo que confirma a transferência de Lopes da sede provincial para um dos municípios de Malanje com a mesma categoria e salário “por conveniência de serviço”.

    “Ninguém reivindica quando é nomeado como responsável, mas reivindicar quando são exonerados, eu penso que essas pessoas estão mal informadas, ou não dominam a tramitação de administração pública”, defende o presidente da CPE.

    Em vésperas das eleições gerais, a CPE convocou através da imprensa os formadores provincial e municipais e os agentes de educação cívica dos dois últimos pleitos para a actualização dos respectivos dados pessoas.

    Nenhum concurso público está em aberto para o provimento de novas vagas em Malanje.

    “A Composição Provincial Eleitoral não admite o seu pessoal através de concursos públicos, são solicitações directas, homologadas pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), justifica aquele responsável.

    O secretário provincial da UNITA, Mardanês Calunga, responsabiliza a CNE por recrutar quadros em Luanda para as comissões municipais eleitorais em todo o país para manusear os novos equipamentos para o processo eleitoral.

    “E nós nos questionamos, onde é que houve concurso público para esta gente? A província de Malanje não tem jovens formados para usarem esta tecnologia nos municípios?”, indagou, justificando “portanto, há aqui um nepotismo dos órgãos centrais da CNE [para] enviarem amigos, filhos dos amigos, compadres para as nossas provinciais”.

    Calunga reuniu-se com representantes de outras forças políticas, igrejas, sociedade civil, professores e estudantes universitários para abordarem o registo eleitoral oficioso em curso.

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