Angola elaborou políticas concretas que estão a permitir a aplicação de medidas eficazes de facilitação e expansão do comércio para reduzir a vulnerabilidade económica do país, afirmou ontem, em Genebra, a ministra do Comércio.
Idalina Valente, que chefia a delegação angolana à conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio, destacou o processo de diversificação da base produtiva e das exportações, impulsionado pela paz alcançada em 2002.
A ministra lembrou que o processo de redinamização e diversificação da economia angolana depende, também, de factores exógenos.
Apontou questões como os acessos aos mercados baseados em regras previsíveis e favoráveis de acordo com o nível de desenvolvimento dos países. Sobre os trabalhos, a ministra recordou que na última conferência foi lançada uma mensagem de esperança e de fé na conclusão das negociações do Programa de Doha para o Desenvolvimento (PDD).
“Passados dois anos, esta mensagem de esperança e de fé foi dissolvida nas turbulências financeiras e económicas que vivem algumas regiões do mundo, a tal ponto que certos grandes actores comerciais tentam encontrar soluções na mudança dos mandatos de Doha e do seu processo negocial”, afirmou.
Empenho de Angola
Idalina Valente reafirmou o empenho do país nas negociações multilaterais, inclusivas e consensuais para o alcance de um resultado equilibrado em todos os domínios do Programa de Doha para o Desenvolvimento. A introdução de novas questões, como as alterações climáticas e investimentos, disse a ministra, não é salutar para o processo negocial da Agenda de Doha. “A credibilidade da OMC depende do respeito das regras, do mandato das negociações, dos compromissos assumidos e do engajamento colectivo”, referiu.
A conferência ministerial, que terminou ontem, teve dois assuntos principais em agenda. O primeiro, denominado Visão Geral das Actividades da OMC, permitiu que os ministros examinassem os resultados dos trabalhos realizados nos últimos dois anos e estabelecessem directrizes para continuidade do esforço negociador. O segundo compreendeu o exame de acordos referentes à aplicação das regras da organização, com destaque para um instrumento que autoriza os membros a concederem facilidades à exportação de serviços por parte dos países mais pobres.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Jornal de Angola