Marinho e Pinto debruçou-se esta terça-feira sobre as questões vividas internamente no Partido Socialista em entrevista à Rádio Renascença. Instado a comentar a candidatura de António Costa à liderança socialista o antigo bastonário da Ordem dos Advogados culpou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa por causar “um tumulto”
“Um candidato que na altura própria não concorreu contra o atual secretário-geral agora que viu que há possibilidade do PS ganhar as eleições provoca este tumulto dentro do partido? É difícil entendimentos políticos com pessoas que têm da política esta conceção instrumentalista própria”, afirmou Marinho e Pinto instado a comentar o avanço de António Costa para a liderança socialista e a possibilidade de entendimentos com um PS com o autarca lisboeta como líder.
O antigo bastonário da Ordem dos Advogados falou ainda sobre os problemas políticos vividos em Portugal e quando lhe foi pedido para falar sobre a possibilidade de dialogar com outros partidos foi perentório: “Há um bloqueio na vida pública portuguesa”.
O eurodeputado eleito pelo MPT afirma ainda encontrar obstáculos de diversa ordem na constituição de coligações governativas, até porque “o PS não pode fazer coligações. À sua esquerda tem a tal “muralha de aço”. Para a sua esquerda, o PS é igual à direita. À direita não há hipóteses de o PS fazer coligação”, atirou.
Numa altura em que Marinho e Pinto ultima pormenores para a formação de um novo partido político o entrevistador questionou-o sobre a possibilidade de se coligar com outros partidos, situação que o antigo bastonário não afasta. “Para nós, o PSD não tem a peste. Nem o PS. Nem o PCP. O CDS é um partido que precisa demonstrar mais qualquer coisa do que tem mostrado”. É um partido muito instável (…), unipessoal. (noticiasaominuto.com)
