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    Controlos das fronteiras continuam em Portugal com angolanos e cabo-verdianos desaparecidos

    Portugal restabeleceu o controlo de fronteiras há uma semana e mais de 100 pessoas já viram recusada a entrada no país. O medo da imigração ilegal tendo como pretexto a vinda à Jornada Mundial da Juventude aumenta, com mais de 100 angolanos e cabo-verdianos a não comparecerem na diocese de Leiria.

    Desde 22 de Julho que Portugal repôs os controlos nas fronteiras de forma a acompanhar os mais de um milhão de peregrinos que vão chegar a Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude. Das 673 mil pessoas que deram entrada no país desde há uma semana, mais de 100 já tiveram a sua entrada recusada.

    Em comunicado enviado à RFI, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal explicou que “dada a complexidade do evento e a necessidade de garantir a segurança interna, foi reposto, a título excecional, o controlo das fronteiras internas, incluindo as terrestres”. Ainda segundo esta agência portuguesa, os controlos “serão efectuados de forma a não prejudicar a livre circulação de pessoas”.

    Os controlos não se fazem só nos aeroportos, onde logo à saída do avião, vários polícias verificam os documentos de todos os passageiros. Entre Portugal e Espanha, a única fronteira terrestre lusa, haverá 21 pontos de controlo de forma a verificar a identidade dos condutores e dos passageiros de veículos ligeiros e pesados.

    Ao fazer parte do Espaço Schengen, o visto de acesso a Portugal abre as portas a outros países europeus e muitas delegações vindas do espaço extra-europeu têm demonstrado receio que alguns dos jovens que vêm para a Jornada Mundial da Juventude acabem por tentar ficar ilegalmente na Europa.

    106 angolanos e cabo-verdianos não se apresentaram em Leiria

    A diocese de Leiria-Fátima anunciou que 106 angolanos e cabo-verdianos que deviam ser acolhidos naquele concelho durante a Jornada Mundial da Juventude não se apresentaram nos locais de acolhimento. Por virem a este evento, os jovens beneficiam de um visto de três meses, não estando ilegais no país enquanto o documento for válido.

    Segundo a diocese, “logo que estas não comparências foram sinalizadas, a organização reportou-as às competentes autoridades de segurança, que desde então têm assumido as diligências exigíveis e necessárias”.

    Para já, nem o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras nem as embaixadas de Cabo Verde ou Angola foram contactadas, segundo a Agência Lusa.

    Pelo menos 1.518 angolanos, residentes em Angola e na diáspora, inscreveram-se para participar na JMJ Lisboa 2023 e a partir de Luanda devem embarcar 518 peregrinos para este encontro com o Papa Francisco. De Cabo Verde, está prevista a participação de um total de 913 cabo-verdianos, incluindo religiosos.

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    FonteRFI

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