A Procuradora-Geral-Adjunta da República, Inocência Pinto, reafirmou esta terça-feira, em Caxito (Bengo), a necessidade da participação de toda sociedade no combate à corrupção e branqueamento de capitais.
Em declarações à imprensa, à margem de uma conferência sobre “Branqueamento de Capitais” que marcou o encerramento das actividades do mês da legalidade, escreve Angop, a magistrada do Ministério Público realçou que a corrupção é um mal que todas forças vivas devem combater, por trazer muitos riscos para qualquer sociedade.
Referiu que a PGR tem estado a contribuir para o seu combate “com medidas de carácter preventivo, recursos a mecanismos próprios, usando de técnicas de investigação próprias, com magistrados qualificados e com instituições que têm competências para o efeito”.
Questionada sobre o número de casos de peculato existentes no Bengo, sublinhou que existem muitos casos ainda sob investigação criminal que a seu tempo a PGR local se pronunciará e divulgará os implicados nesses crimes.
Neste sentido, apelou à sociedade no sentido de denunciar estas práticas, por não ser apenas exclusiva da PGR, tribunais e dos órgãos que intervém na administração da justiça, adiantando que “é um combate inclusivo, que reclama o engajamento de toda sociedade”.
Para si, os governos provinciais desempenham um papel fundamental no combate a estes fenómenos, desincentivando estas práticas e criando mecanismos de prevenção a nível das administrações locais.
Por sua vez, a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, frisou que a conferência permitiu aos participantes obterem maior e melhor informação referente ao fenómeno da corrupção, as suas implicações na governação e efeitos na sociedade, assim como os mecanismos e procedimentos para a prevenção, combate e penalização dos seus autores.