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    CIRGL é uma organização credível, diz ministro da Defesa

    Luanda – A Conferência Internacional Regional dos Grandes Lagos (CIRGL) é uma organização credível cuja missão está eivada de sacralidade, na medida em que visa garantir a estabilidade dos povos desta zona, afirmou hoje, sábado, em Luanda, o ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem.

    Cândido Pereira Van- dúnem, Ministro da Defesa Nacional (Foto: F. Miudo)
    Cândido Pereira Van- dúnem, Ministro da Defesa Nacional (Foto: F. Miudo)

    O titular da pasta falava na cerimónia de abertura da V Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, cujos trabalhos, a esse nível (ministerial), iniciou hoje, no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, com a presença dos homólogos deste órgão .

    “Actualmente a CIRGL pretende criar quadros sócio-políticos saudáveis, com vista ao exercício das suas liberdades e edificação de sociedades democráticas desenvolvidas, económica e culturalmente, afirmou o ministro angolano.

    De acordo com Cândido Van-Dúnem, “guiada pelo princípio do pacifismo, através de conjugação de esforços, equilíbrio, negociação para a mútua compreensão entre os Povos da região, a CIRGL tem responsabilidades acrescidas na busca das melhores soluções para os problemas comuns e na reflexão conjunta quanto aos métodos mais viáveis de atingir bons resultados para alcançarmos a paz e o desenvolvimento da região.

    “No âmbito dos problemas de instabilidade e de insegurança que a Região dos Grandes Lagos vivem, é nossa obrigação desenvolver, através de acções práticas, o espírito de solidariedade, de entreajuda e da harmonização das ideias, sempre na perspectiva de encontrarmos as melhores soluções para os problemas que nos afligem, particularmente para os conflitos que nos assolam”, defendeu o governante.

    Recordou que o continente africano vive nos últimos tempos um cenário preocupante marcado pela ascensão da espiral da violência, contrastando assim com a sua vocação maternal natural e milenar de geradora e protectora da vida humana.

    Frisou que os conflitos que nos últimos anos se vive em vários países de África, particularmente na Guiné-Bissau, Mali, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e outros, “contrariam vergonhosamente o orgulho histórico de a África ser o berço da humanidade”.

    Para Cândido Van-Dúnem a África deveria ser a mais bela e justificada razão permanente de ser o palco ideal para o surgimento, protecção e desenvolvimento da “vida humana”, e não da sua destruição.

    A isto, frisou, acrescemos o facto de os povos africanos historicamente terem primado pelo princípio da solução pacífica dos conflitos, com a aplicação prática dos métodos de consensualidade, equilíbrio, respeito das diferenças e justiça na convivência comum.

    “Não é demais repetirmos aqui, que o direito ocidental clássico tenha vindo buscar da cultura africana muitos dos seus princípios e métodos que configuram, no essencial, tudo aquilo que lhe permitiu influenciar na construção de grandes conjuntos políticos que hoje fazem sucesso e podem constituir exemplo de organização social para outros povos do nosso planeta “, destacou o dirigente angolano.

    Cândido Van-Dúnem, reconheceu que factores externos aos nossos povos continuam a minar a nossa estabilidade e sejam os principais geradores de conflitos, não ignoremos que para transcendê-los deve ser obra de nós próprios, através da construção de um subjectivismo colectivo africano que deve continuar a guiar-se pelos nossos valores tradicionais de respeito à vida, à liberdade e à felicidade comum.

    Acrescentou que o continente africano e as diferentes regiões que a constituem precisam de paz e de segurança para poder gizar planos concretos e exequíveis para o seu desenvolvimento. A instabilidade e os conflitos que persistem em África necessitam de abordagens aprofundadas baseadas na sabedoria tradicional dos chefes de estados que realçam sempre os nossos interesses inalienáveis.

    “Hoje, os desafios de segurança que ainda prevalecem em várias regiões do continente, particularmente nos Grandes Lagos, são dos mais preocupantes. Esta região vive uma situação recorrente de instabilidade, que exige de todos os Estados membros e não só, acções multilaterais que lhe proporcionem uma paz duradoira”, concluiu. (portalangop.co.ao)

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