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    Cimeira reactiva polémica sobre estatuto de observador de Telavive

    Governo de Israel já acusou o Irão de estar por trás do incidente, com a ajuda da África do Sul e da Argélia e o porta-voz do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, desafiou o Executivo de Benjamin Netanhianu a fundamentar a sua acusação.

    A expulsão de um diplomata israelita da cerimónia de abertura da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governos da União Africana (UA) que começou neste sábado, 18, em Addis Abeba, Etiópia, está no centro de uma nova polémica entre a organização e Telavive.

    O Governo de Israel já acusou o Irão de estar por trás do incidente, com a ajuda da África do Sul e da Argélia e o porta-voz do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, desafiou o Executivo de Benjamin Netanhianu a fundamentar a sua acusação.

    Um vídeo que circula nas redes sociais mostra guardas a retirarem da sala de reuniões da Assembleia da UA o vice-director geral de Israel para a África.

    De seguida, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel descreveu o incidente como “grave” e disse que que Bar-li era “um observador credenciado com uma etiqueta de entrada”.

    “É triste ver a União Africana tomada como refém por um pequeno número de Estados extremistas como a Argélia e a África do Sul, que são movidos pelo ódio e controlados pelo Irão”, acrescentou da mesma fonte.

    Questionado sobre as acusações de Telavive, o porta-voz do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, Vincent Magwenya, disse à AFP que “eles devem fundamentar a sua reivindicação”.

    Este é mais um capítulo da polémica admissão de Israel como observador da UA, uma decisão do presidente da Comissão Africana (CA), Moussa Faki Mahamat, que desencadeou protestos ruidosos de poderosos Governos, em particular da África do Sul.

    Na Cimeira do ano passado, no debate sobre uma eventual retirada desse estatuto a Israel, foi criado um comité para tratar o assunto, mas desconhece-se se o mesmo será discutido na Assembleia que termina amanhã, 19.

    Um funcionário da UA disse à AFP que o diplomata a quem foi “pedido para sair” da sala não tinha sido convidado para participar na reunião e que o embaixador israelita junto da organização, Aleli Admasu, tinha, sim, recebido um convite “intransferível”.

    “É lamentável que o indivíduo em questão tenha abusado de tal cortesia”, disse a porta-voz do presidente da CA, Ebba Kalondo.

    O mercado de livre comércio africano, a crise no Sahel e a guerra no leste da República Democrática do Congo devem dominar a 36.ª Cimeira que também vai analisar um relatório sobre as actividades do Conselho de Segurança (CPS) da organização e o estado de paz e segurança em África.

    No início dos trabalhos de hoje, o Chefe de Estado das Comores, Azali Assoumani, foi confirmado presidente em exercício da União Africana (UA), substituindo assim Macky Sall, no Senegal.

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    FonteVOA

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