Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas aponta que o Brasil pode ter até sete vezes mais casos de COVID-19 do que os registrados oficialmente. A Sputnik Brasil ouviu o presidente do CREMERJ, Sylvio Provenzano, que comentou sobre a capacidade atual de testagem no Brasil.
Para Sylvio Provenzano, presidente do Conselho de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), a pesquisa provavelmente está correta.
“No começo da pandemia nós não dispúnhamos de kits de exames suficientes para confirmarmos o diagnóstico da COVID-19 e, uma vez que a doença não fosse confirmada, o médico não tinha como, obviamente, fazer a notificação”, explica Provenzano em entrevista à Sputnik Brasil.
Segundo Provenzano, a situação atual no número de kits de testes é mais confortável e há uma tendência de reversão da subnotificação atual. O médico alerta, porém, que essa situação fará com que o número de casos registrados cresça bastante.
“A gente já está, a partir de agora, capacitado para testar todos aqueles que precisam, que são aquelas pessoas que têm sintomas gripais, mesmo aquelas com sintomas gripais leves”, aponta.
Segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde, o Brasil tem 391.222 casos confirmados da COVID-19 e 24.512 mortes causadas pela doença.