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    África do Sul expulsa milhares de moçambicanos ilegais

    Muitos moçambicanos com familiares a trabalharem nas minas da África do Sul estão apreensivos com o prolongamento e alastramento das greves na indústria mineira sul-africana.

    É que depois do célebre massacre ocorrido mês passado na mina de Platina de Marikana, agora são os trabalhadores da mina de Ouro de Welcome a paralisarem as suas actividades exigindo aumento salarial.

    Em todas as minas há mais de dois mil mineiros moçambicanos que agora correm o risco de regressar a casa para reforçar o exército de desempregados no País.
    Alías o desempego leva milhares de moçambicanos a emigrarem ilegalmente para África do Sul à procura de melhores condições de vida.

    Segundo o Cônsul-Geral de Moçambique em Johannesburgo, Damasco Mathe, citando pela agência noticiosa portuguesa, Lusa, as autoridades sul-africanas repatriaram cerca de sete mil moçambicanos emigrantes ilegais nos últimos oitos meses.

    ,Damasco Mathe diz que na África do Sul “as coisas também estão muito difíceis”.
    De acordo com o diplomata, até à semana passada, 878 moçambicanos detidos por imigração ilegal em diversos pontos da África do Sul aguardavam o repatriamento no Centro de Trânsito de Lindela, próximo de Joanesburgo, depois de outros 111 terem sido entregues às autoridades moçambicanas a 23 de Agosto último.

    Damasco Mathe reconheceu que a entrada ilegal de moçambicanos na África do Sul continua a ser fonte de preocupação para as autoridades diplomáticas de ambos os países, embora “muitas vezes” a pessoa se sujeite “a condições piores do que aquelas por que passaria se estivesse em Moçambique”, na sua terra.

    Damasco Mathe considera que é preciso intensificar e garantir maior eficácia na sensibilização dos cidadãos para que percebam que a África do Sul não é mais o Eldorado que alguma vez foi para os moçambicanos.

    Milhares de moçambicanos deslocam-se à África do Sul onde acreditam poder melhorar as condições de vida, trabalhando nos campos agrícolas e minas.

    Mas, Damasco Mathe assinala que “mesmo ao nível do setor mineiro, onde o trabalho dos moçambicanos é regulado através de um acordo, a situação não está nada boa”. Com as greves sistemáticas, que assolam a indústria mineira sul-africano, milhares de moçambicanos que dependem dos seus familiares mineiros estão preocupados.

    Mesmo o governo moçambicano também está apreensivo, porque vai perder fonte de divisas que ajudava na balança de pagamentos. Moçambique recebe cerca de 50 milhões de dólares ano pela mão-de-obra na África do Sul, onde trabalham mais de 30 mil meneiros.

    FONTE: Lusa

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