O elevado número de homens separados de seus cônjuges que se furtam a prestar assistência multiforme aos seus filhos, na província do Zaire, está a preocupar o serviço local do Instituto Nacional da Criança (INAC).
A preocupação foi manifestada hoje, segunda-feira, em Mbanza Congo, pela chefe do serviço provincial do INAC, Paula Cristina Coutinho, para quem só nos primeiros três meses do presente ano o órgão notificou 104 casos, mais 76 face a igual intervalo de 2016.
Em declarações a responsável disse que apesar do trabalho de sensibilização que tem sido realizado sob a égide do INAC em parceria com a Direcção da Família e Promoção da Mulher e outros sectores públicos e da sociedade civil, os casos de fuga à paternidade tendem a aumentar, cada vez mais.
Apontou os municípios do Soyo e Mbanza Congo como sendo os que mais registos têm em termos de fuga à paternidade, tendo alegado o factor financeiro (baixo poder aquisitivo ou desemprego) de muitos pais como principal causa deste comportamento.
“Vamos continuar a trabalhar na sensibilização das pessoas, pois que este fenómeno contribui significativamente na desestruturação das famílias, em particular, e da sociedade, de modo geral”, reiterou. (Angop)