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    Vítimas das chuvas recebem habitações

    As vítimas das chuvas e de outras ocorrências naturais do Cunene, Huíla, Namibe, Benguela e Kuando-Kubango são realojadas, a partir de Agosto, em casas evolutivas, anunciou, ontem, no Lubango, a secretária para os Assuntos Sociais da Presidência da República.
    Rosa Pacavira, que fez o anúncio após a reunião técnica com os governadores daquelas províncias, disse que o processo se enquadra no Programa de Realojamento das Populações Sinistradas pelas calamidades naturais. As casas evolutivas, em construção em novas urbanizações naquelas províncias, revelou, dispõem de 30 metros quadrados e têm dois quartos, sala, cozinha e casa de banho, além de mais uma área, com outra sala e divisões a serem concluídas pelo proprietário.
    As casas evolutivas, referiu, podem ser montadas com painéis ou tijolo numa área vasta para continuidade das obras de autoconstrução. O custo de cada uma delas é de cerca de sete mil dólares.
    O Programa de Realojamento da População, lembrou, beneficia as famílias afectadas pelas chuvas ou outras calamidades naturais que viviam ao longo das margens dos rios e das zonas destinadas a infra-estruturas socioeconómicas.Neste momento, disse, muitas famílias vivem em tendas e casebres naquelas províncias.
    “Vamos construir casas e à medida que forem concluídas as pessoas são reintegradas em infra-estruturas habitacionais com condições para viverem com dignidade, com o suporte do governo provincial”, afirmou. A secretária da Presidência da República sublinhou que o processo de realojamento depende do dinamismo das comissões cridas para avaliar a situação concreta de cada província e traçar medidas, a curto, médio e longo prazos, tendo em vista acudir as populações. “Estamos a estender o programa que começamos em Luanda e temos orientações do Chefe do Executivo para alargar a iniciativa a outras províncias, uma vez que anualmente aumenta o número pessoas que fica sem habitação por várias intempéries”, salientou.

    Namibe e Cunene

    As províncias do Namibe e do Cunene tem já as condições necessárias para começar o programa de realojamento das vítimas das chuvas e das populações que residem ao longo das margens dos rios e do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, garantiram os governadores.
    A governadora Cândida Celeste disse que o Namibe dispõe de mais de 18 mil lotes na urbanização do Giraúl de baixo e que o governo da província reservou cerca de cinco mil para as cerca de 6.500 famílias vitimas das chuvas na cidade e no município da Bibala. Cândida Celeste manifestou-se satisfeita por a reunião ter permitido a troca de experiências com o governador da província da Huíla, onde há uma fábrica de placas para a construção de casas rápidas.
    “Estou muito feliz por termos recebido garantias de apoio em recursos financeiros, estamos preparados para começar de imediato o projecto para, dentro de dois meses, podermos dar casas condignas às pessoas afectadas pelas chuvas e às que têm de abandonar as áreas da linha-férrea”, afirmou.
    O governador do Cunene, António Didalelwa, lembrou o que a província tem sofrido, nos últimos quatros anos, devido às inundações que provocaram o desalojamento de 5.420 famílias, que vivem actualmente em tendas.
    Para fazer face às consequências das chuvas, referiu, o governo provincial executa três projectos habitacionais que, em conjunto com o programa de realojamento da população do Executivo, vão contemplar as vítimas das calamidades naturais.

    Intercâmbio

    O ministro da Administração do Território defendeu um maior intercâmbio de experiências entre os governos das províncias onde ocorreram casos de cheias ou outras situações que obrigaram à deslocação das populações.
    A troca de ideias entre os governadores, referiu Bornito de Sousa, vai possibilitar a transferência de conhecimentos e de boas práticas para outras regiões, onde existem pessoas nas mesmas condições.
    O ministro recordou que o Executivo criou grupos técnicos em todas as províncias, que vão fazer o levantamento concreto das situações das famílias e traçar medidas de curto e longo prazo para apoiar as populações sinistradas.

    in Jornal de Angola

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