O antigo primeiro-ministro de Portugal, António Costa, agradeceu, esta sexta-feira, em Lisboa, a parceria e o apoio de Angola durante o seu mandato, que simbolizou um momento importante no reforço da cooperação entre os dois países.
António Costa manifestou a gratidão durante uma audiência concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, em Portugal, à margem dos festejos dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril.
Em declarações à imprensa, disse tratar-se de um encontro de cortesia que serviu para agradecer pessoalmente ao Chefe de Estado angolano essa colaboração.
Anteviu óptimas relações com o novo Executivo saído das eleições legislativas de Março último, uma vez que a cooperação com Angola é estratégica, indepentemente de quem esteja no Governo.
“As relações com novo Governo vão seguir, os governos mudam, mas a relação com Angola continua como se nada tivesse acontecido, sempre no interesse de reforçar aquilo que se fez anteriormente, com novas ideias e projectos”, afirmou.
Destacou também a participação do Presidente João Lourenço nas festividades dos 50 anos do 25 de Abril, um momento que considerou de muito simbolismo, para celebrar uma liberdade conquistada também pelas ex-colónias africanas.
Por isso, António Costa elogiou o discurso do estadista angolano na cerimónia alusiva à data, decorrida no Palácio de Belém.
Afirmou que, sem a luta dos movimentos de libertação nas ex-colónias portuguesas, a ditadura em Portugal teria demorado mais.
“Foi um golpe fatal para acabar com o fascismo e promover a independência das ex-colónias”, realçou.
António Costa, por enquanto afastado da política, disse que vai aproveitar o tempo para fazer um curso de arbitragem jurídica e colaborar como comentarista num canal de televisão, e que continuará ligado a Angola.
O político luso foi chefe do Governo português durante oito anos.
Durante a sua visita a Angola, em 2023, foram assinados 13 acordos, com destaque para o Plano Estratégico de Cooperação 2023-2027.ART