O Presidente do Conselho de Administração do Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank) reconheceu, ontem, em Luanda, que as indústrias africanas extractivas têm uma contribuição mínima na criação de postos de trabalho. “Acreditamos ser um desafio, já que as experiências demonstraram que, além da receita de exportação, a contribuição das indústrias extractivas de África no Produto Interno Bruto é também mínima em muitos casos”, disse Jean-Louis Ekra.
Relativamente à Angola, afirmou que o país tem conseguido ganhos económicos e sociais resultantes da venda de matérias-primas e da descoberta de novas jazidas de petróleo. Ao discursar no colóquio sobre “Ligação do Sector Extractivo de Enclave à Economia Doméstica Africana: A Promoção do Conteúdo Local É Uma Panaceia?”, o presidente do Afreximbank referiu que a atitude de Angola realça, ainda mais, a sua posição como um dos maiores produtores de petróleo no continente.
Muitas empresas africanas de petróleo e de gás, frisou, exercem pouco impacto sobre o resto da economia dos seus países devido à sua natureza de economia de enclave (dependente de um recurso natural). Jean-Louis Ekra sublinhou também a urgência dos países dotados de matérias-primas adoptarem melhores estratégias de relançamento das suas indústrias para melhorarem os demais sectores económico nacionais.
O gestor reconheceu que a região da SADC e o continente africano em geral têm registado um crescente investimento a nível da actividade das indústrias extractivas. Esta indústria, disse, tem sido influenciada pela expansão rápida das actividades mineiras e a descoberta de novas jazidas de petróleo e gás.
A justificar a expansão da indústria está também o recente aumento do nível de procura desencadeado pela China e pela Índia. Afirmou que as relações entre as no continente são limitadas devido a sua natureza de enclave. O conselho do Afreximbank enquadra-se na 18ª Assembleia-Geral de accionistas do banco, que começa hoje.
in Jornal de Angola