O deputado e porta-voz do MPLA, Rui Falcão, acusou o semanário Novo Jornal de “mentira que eles próprios inventaram” a propósito das notícias de que a Assembleia Nacional adquiriu carros de luxo da marca Jaguar para os parlamentares angolanos.
Respondendo aos ouvintes da Voz da América, no programa Angola Fala Só, Falcão disse que essas notícias “não passam de mera especulação” e que o parlamento “ainda não tomou qualquer acção sobre a aquisição de meios rolantes”.
Na edição de 26 de Outubro, o Novo Jornal, noticiou que a Assembleia Nacional tinha adquirido 220 automóveis de luxo Jaguar, ao preço unitário de 270 mil dólares, num total de 60 milhões de dólares. A Voz da América e outros orgãos de informação retomaram a notícia a qual acrescentava que os automóveis já se encontravam no porto de Luanda.
“É preciso convidar o Novo Jornal a mostrar as fotografias dos tais carros que estão no porto. Só isso esclarecerá a mentira que eles próprios inventaram”, disse Rui Falcão, insistindo: “Eles que publiquem as fotografias dos Jaguares que dizem estar no porto de Luanda”.
Contactado pela Voz da América, o director do Novo Jornal, Gustavo Costa, respondeu: “Reafirmo a notícia”. Acrescentou ser “estranho que haja esta reacção duas semanas depois” e concluiu: “Façam os ataques que quiserem”.
A propósito da proposta de orçamento operacional da Assembleia Nacional, em montante superior a 30 mil milhões de kwanzas, Rui Falcão descreveu-a como um “valor indicativo” que a Assembleia tentaria não gastar na íntegra.
A propósito do desconhecimento público do local onde está sepultado o fundador da UNITA, Jonas Savimbi, Falcão disse ser seu entendimento que “a direcção da UNITA deve saber” mas, em todo o caso, considera “incorrecto” a título pessoal, fazer segredo do local da sepultura.
“Eu não gostaria que me escondessem o corpo do meu pai, por muitos crimes que ele tivesse cometido”, declarou o deputado do MPLA.
Saiu também em defesa de Isac dos Anjos, considerando que apesar dos erros que era preferível não terem sido cometidos, as notórias demolições na Huíla eram necessárias ao reatamento das ligações ferroviárias regionais.
FONTE: Voa
