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    Religiosos lembram José Eduardo dos Santos como homem da paz e patriota que marcou Angola no bem e no mal

    Líderes de congregações religiosas angolanas reconhecem o legado deixado pelo ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, apesar dos erros que lhe são imputados.

    A Igreja Católica descreve o antigo Chefe de Estado como sendo um homem que “marcou a história recente de Angola, no bem e no mal, e uma presença incontornável no processo de pacificação do país”, na leitura feita à VOA por Dom Manuel Imbamba, presidente da Comissão Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

    “Ele deixa um legado muito grande que devemos saber preservar não obstante os outros aspectos menos bons que ele terá deixado”, acrescenta o também arcebispo de Saurimo, para quem, José Eduardo dos Santos “soube ser um homem de diálogo, de consensos e aberto aos grandes valores da paz, da unidade e da reconciliação nacional”.

    “Conseguiu identificar-se como um bom patriota”, considera, por seu turno, o reverendo Luís Nguimbi, dirigente do Conselho das Igrejas Cristãs de Angola (CICA).

    Aquele responsável religioso defende que “este título lhe é merecido por aquilo que ele comprovou e a sua perda é irreparável porque não haverá outro José Eduardo dos Santos”.

    Para Nguimbi “as novas gerações estão proibidas de tentar marginalizar a riqueza das vitórias que deixa para este povo”.

    Por seu turno, o líder da Comunidade Islâmica de Angola, David Já, entende que o antigo Presidente de Angola “cometeu falhas”, mas, ainda assim, defende que, José Eduardo dos Santos, teve o condão de ser “um homem da paz, que conseguiu unir os angolanos e que não hostilizou os adversários”.

    No entanto, aponta que “José Eduardo dos Santos devia ter outro percurso com a morte de Jonas Savimbi, antigo líder da UNITA. Ao permitir a acumulação ilícita de capitais, o favoritismo e o nepotismo, isso abalou a sua carruagem e as suas vitórias”.

    José Eduardo dos Santos morreu na sexta-feira, 8, em Barcelona onde estava internado desde o dia 23 de Junho.

    Enquanto o Governo e a família continuam a negociar a forma e o local das exéquias, os angolanos começam hoje a prestar a última homenagem ao antigo Presidente em lugares criados para o efeito pelo Gvoerno.

    Na capital, Luanda, o Memorial Dr. Agostinho Neto é o local preparado para o efeito.

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