Embora promete acabar com a livre circulação de pessoas entre a Grã-Bretanha e a União Europeia, a primeira-ministra Theresa May também se comprometeu a criar um novo status legal para os milhões de europeus residentes no Reino Unido.
O governo britânico trabalha nesta semana na introdução de uma nova categoria de imigração chamada “status estabelecido”. Ela deve abranger os 3,4 milhões de cidadãos da UE actualmente residentes no Reino Unido, quase exactamente dois anos após o resultado do referendo em que 52% dos britânicos votou para sair do Bloco.
O “The 3million”, grupo activista de base que afirma fazer lobby pelos direitos dos cidadãos da UE na Terra da Rainha, criticou repetidamente a falta de clareza fornecida pelo governo sobre a natureza desta nova categoria de imigração.
“Com certeza vamos comentar, mas nossa principal mensagem ao governo é que, se eles realmente querem que os cidadãos da UE permaneçam, eles deveriam remover todas as barreiras no processo de registo e torná-lo gratuito”, disse o representante do grupo, Nicolas Hatton em um comunicado antecipando-se ao anúncio.
A potencial vulnerabilidade dos cidadãos estrangeiros no Reino Unido à deportação tornou-se cada vez mais politicamente prejudicial para o governo na sequência do chamado ‘Escândalo Windrush’, quando descendentes de milhares de cidadãos da Commonwealth que imigraram no período pós-guerra foram ameaçados de deportação. A então ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, foi forçada a renunciar como resultado da cobertura mediática acerca do tema. (Sputnik)