As receitas do turismo aumentaram sete por cento nestes últimos dez anos em África, segundo documentos de base da sétima sessão do Comité de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável, que decorre em Addis-Abeba.
Segundo estes documentos de que a PANA teve cópia, “o turismo é uma das actividades emergentes mais prósperas de África e as suas receitas totais no mundo ultrapassaram 40 mil milhões de dólares americanos em 2010”.
Além de permitir criar numerosos empregos e aumentar as receitas em termos de divisas, o turismo é igualmente um meio de reforçar a infra-estrutura e favorecer a cooperação e o entendimento entre os povos no mundo inteiro. Tornou-se num meio para numerosos países melhorarem o seu rendimento valorizando ao mesmo tempo o seu património nacional, informam os documentos.
O turismo apoia-se na rica biodiversidade e na variedade das paisagens do continente que constituem trunfos suplementares para o desenvolvimento sustentável.
O turismo é considerado como um meio de reforçar o crescimento económico e o desenvolvimento e melhorar a imagem do continente no mundo. A contribuição da indústria turística para o Produto Interno Bruto e para as receitas de exportação de numerosos países africanos melhorou durante a década passada. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o número de turistas que visitaram África passou de 37 milhões em 2003 para 63 milhões em 2010 e aumentou num ritmo mais rápido do que no resto do mundo durante esse mesmo período.
A contribuição do sector destas viagens e do turismo para a criação de empregos, nomeadamente os empregos indirectos, vai aumentar para 2,5 por cento por ano para atingir 2,764 milhões de postos até 2021, contra 2,167 milhões em 2011, ou seja 12,6 por cento da mão-de-obra total.
Em África particularmente, a contribuição deste sector para a criação de empregos entre 1990 e 2011 foi considerável, mas mais marcante na África do Norte do que na África Subsariana. Baixou na Nigéria, no Congo e no Gabão, mas permaneceu constante no Chade. Em 2011, as mais fortes progressões foram registadas nas ilhas Seicheles (56,4 por cento), em Cabo Verde (39,5 por cento), Maurícias (29,7 por cento) e na Namíbia (26,6 por cento) e as mais baixas na República Democrática do Congo (1, 6 por cento), no Congo (1,7 por cento) e na Nigéria (1,9 por cento). os números condizem com a aspirações de África nesse domínio.
Fonte: Jornal de angola
Foto: AFP