O Secretário de Estado do Interior para Asseguramento Técnico, Salvador José Rodrigues, recomendou, nesta quarta-feira, celeridade na aprovação do projecto de recuperação que visa mitigar a situação pós seca da região sul do país.
Ao intervir na reunião da comissão Nacional de Protecção Civil e aprovação do quadro de recuperação à seca no sul do país 2019-2022, referiu que só este instrumento legal proporcionará condições para mobilizar mais alguns recursos necessários, quer nacionais como internacionais, para imediata implementação de acções direccionadas a mitigar a situação.
A seca na região sul de Angola abrange às províncias do Cunene, Namibe e Huíla.
O quadro de recuperação à seca prevê acções estruturantes por sector como agricultura e segurança alimentar, nutrição, águas, saneamento básico, higiene, educação, ambiente, comércio, dentre outros.
A província do Cunene tem sido ciclicamente afectada por longos períodos de seca que tem afectado não só a população, mas também o gado, sobretudo bovino.
Para acudir a situação, o Governo aprovou, recentemente, a disponibilização de recursos na ordem dos 200 milhões de dólares, para execução de projectos de construção de barragens de retenção de água de rios, e instalação de meios para distribuir para diferentes pontos da província afectados pela seca.
Para a província do Namibe foram disponibilizados pelo Governo Central dois mil milhões de Kwanzas para o apoio ao plano de emergência de modo a travar os efeitos da seca.
Entretanto, a Angop sabe que, a nível do país, registou-se chuvas em toda sua extensão tendo afectado 0,38 por cento da população com um registo de mortos por descarga atmosférica, soterramento e afogamento.
Dados de um pré-balanço do período de 15 de Agosto de 2018 à 2 de Abril de 2019 209 pessoas morreram, entre os quais 100 por descargas atmosféricas, oito por soterramento e 101 por afogamento.
As chuvas causaram igualmente em todo país, 350 feridos, 23.784 famílias ficaram afectadas , 114.163 pessoas afectadas, 3.829 residências destruídas e uma inundada, 137 gados mortos, 7.553 hectares de lavras destruídas, cinco postos de iluminação publica, 19 postos de transformação de energia e seis pontes destruídas, quatro viaturas danificadas e 224 quedas de árvores.