O Presidente da República, João Lourenço, seguiu na manhã de hoje, sábado, para a comuna de Ombala yo Mungo, município de Ombadja, 96 quilómetros de Ondjiva, para constatar junto da população os efeitos da seca, no quadro da visita de dois dias que cumpre na província do Cunene.
De acordo com a ANGOP, a visita à Omabla Yo Mungo vai incidir concretamente na povoação de Oshiwanda, onde já é visível o sofrimento da população devido a seca que comprometeu a presente campanha agrícola deslumbrando cenário de fome.
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, encontra-se no Cunene desde a tarde de sexta-feira, com o objectivo de se inteirar do problema da seca que afecta a população, gado e agricultura local, desde Outubro de 2018.
Na sexta-feira, o Presidente da República, acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, depois de ser recebido no Aeroporto local pelo governador do Cunene, Vigílio Tyova , manteve encontros em separado com os bispos Dom Pio Hipunhati, da Igreja Católica, e Tomás Ndawanapo, da Evangélica Luterana de Angola.
Após as duas audiências, concedida no Palácio do Governo do Cunene, seguiu para sede do Governo provincial, onde acompanhou uma “curta-metragem” de 15 minutos, que retrata algumas localidades, bem como da população e do gado afectados pela seca, que assola os seis municípios da província, desde Outubro de 2018.
De igual modo, o Chefe de Estado acompanhou a exibição de um vídeo sobre os projectos de construção de três barragens e respectivos canais e condutas de água, aprovados em Abril último, com um orçamento global de 200 milhões de dólares norte-americanos, para solucionar problemas estruturantes ligados aos efeitos destrutivos da seca na província do Cunene.
Depois da visita à Omala yo Mungo, na tarde de hoje, sábado, João Lourenço e a comitiva que o acompanha regressam à cidade de Ondjiva, para participar de um almoço numa das unidades hoteleiras, oferecido pelo governador Vigílio Tyova.
O regresso à Luanda do Presidente da República está previsto para as 14h30 de hoje (sábado).
No Cunene, a seca afectou 857 mil e 443 pessoas, de um total de 171.488 famílias e 907.572 cabeças de gado, desde Outubro de 2018 até presente data. Durante o referido período, morreram 26 mil e 267 animais, entre gado bovino, caprino e suíno.
Face a esta situação, as autoridades adoptaram medidas de emergência e estruturantes para minimizar os efeitos da seca a curto prazo.
