O corpo de Elsa da Costa Inês, agente da Polícia Nacional que não resistiu aos ferimentos resultantes de uma agressão praticada há 16 dias pelo ex-marido, até hoje em fuga, apresenta traumatismo craniano encefálico, a causa da morte, ocorrida terça-feira, no Hospital Militar Principal, em Luanda.
O pai da malograda, que pediu ontem à Polícia, por via da Rádio Luanda, maior intervenção para a captura do autor do crime, informou que a cabeça e o rosto são as regiões mais afectadas pela brutal agressão infligida pelo ex-marido, também afecto à Polícia Nacional.
A morte de Elsa da Costa Inês “deixou a família totalmente destruída”, descreveu o pai, que disse não saber se o autor do crime usou um outro material para cometer o crime, além de uma chave francesa, faca e fita-cola, objectos encontrados no local do crime, um apartamento da família da vítima, na cidade do Kilamba, para onde foi viver depois da separação.
“Acredito que o indivíduo terá levado mais algum instrumento contundente”, admitiu o pai de Elsa da Costa Inês, que, durante a agressão, presenciada por uma das duas filhas que trouxe ao mundo, foi esfaqueada várias vezes pelo ex-marido.
De acordo com o Jornal de Angola, o pai lamentou que, até ontem, a Polícia Nacional não tenha prestado nenhum esclarecimento sobre o paradeiro do homicida.
“A Polícia não tem pistas e nenhuma informação sobre o paradeiro do indivíduo”, lamentou ainda o pai, que manifestou a sua indignação com o facto de até ontem o autor do crime não ter sido capturado.
“A família não suporta tamanha dor”, salientou o pai de Elsa da Costa Inês, que pediu também à sociedade que colabore com denúncias para a captura do homem que matou a sua filha, que frequentava o quinto ano do curso superior de Ciências Policiais e Criminais.
Em declarações à Rádio Luanda, o intendente Mateus Rodrigues, lamentou a morte da colega e prometeu empenho da corporação na diligência com vista à detenção do autor do crime.
“Nós, enquanto família Polícia, também perdemos, razão pela qual nos juntamos, neste momento de dor e luto, à família biológica”, acentuou Mateus Rodrigues.
Nas redes sociais, colegas, familiares e amigos lamentam a morte da agente de primeira classe Elsa da Costa Inês e pedem que se faça rapidamente justiça.