O diagnóstico de casos de traumatismo no Hospital Municipal de Quilengues, província da Huíla, começou a ser feito pela primeira vez, depois da instalação de um aparelho de raio-X.
Com este equipamento, adquirido pela administração local, os doentes deixam de percorrer 143 quilómetros até à cidade do Lubango para serem submetidos a exames para detectar casos de traumatismo.
A entrada em funcionamento do raio-X no Hospital Municipal de Quilengues é um “alívio” para o aluno António Mukuambi, de 15 anos, que fracturou um pé durante uma partida de futebol na escola primária da comuna do Dindi.
Antes de levarem o filho ao hospital, os pais usaram folhas de “lomolo” para fazer massagens ao pé fracturado, mas as dores persistiam. “Sempre que se fazia a massagem no pé direito de Mukuambi, as dores continuavam”, explica Paulino Njavela, irmão do paciente.
A verdade é que ninguém tinha noção da dimensão do problema, por não haver, no município, um aparelho para detectar a fractura. “Com a entrada em funcionamento do aparelho de raio-X esses casos passam a ser tratados com mais cuidado”, diz.
Ao Hospital Municipal de Quilengues chegam, com frequência, muitos casos de traumatismo, que anteriormente eram transferidos para o Hospital Central do Lubango, que fica a 143 quilómetros, para se fazerem os exames médicos.
O administrador da unidade hospitalar, Tito António, explica que, devido à distância que separa as duas localidades, os doentes nem sempre cumpriam as orientações médicas. “Com a entrega do aparelho, os pacientes passam a realizar diversos exames localmente sem precisarem de percorrer longas distâncias”, assinala.
“O aparelho radiológico serve para diagnosticar por imagem possíveis doenças que não podem ser observadas a olho nu, fazer uma radiografia a todos os pacientes que têm traumas internos, como fracturas e outras doenças internas no corpo humano”, explica.
O estabelecimento hospitalar, com capacidade para internar 20 pacientes, dispõe de farmácia, banco de urgência, consultas externas, maternidade, pediatria e Programa Alargado de Vacinação.
Fonte: Jornal de Angola